Após um tempinho sem atualizar esta coluna, volto aqui com mais três dicas de filmes para alugar e curtir no aconchego do lar. E, desta vez, venho confirmar que esta coluna será publicado no blog semanalmente às sextas-feiras, trazendo sempre algumas boas pedidas de filmes disponíveis nas locadoras, para um bom divertimento sem sair de casa. Sem mais delongas, eis abaixo as minhas dicas para este final de semana:
Uma Noite Fora de Série (Date Night, 2010, EUA). Direção: Shawn Levy (de Uma Noite no Museu). Com Steve Carrell (de O Virgem de 40 Anos), Tina Fey (egressa do show de humor americano Saturday Night Live), Mark Wahlberg (de O Atirador), Taraji P. Henson (de O Curioso Caso de Benjamin Button) e James Franco (de Homem-Aranha).
Se você procura um filme escapista que te proporcione uma diversão leve, este Uma Noite Fora de Série é uma boa indicação. Estrelado por Steve Carrel e Tina Fey , o longa mostra um casal que literalmente “entra em altas confusões” (citando a clássica chamada da Sessão da Tarde, da rede plim-plim) após uma tentativa de apimentar sua já rotineira relação pessoal e, para isso, decidem sair para jantar (daí o título original, Date Night, que numa tradução rasteira seria A Noite do Encontro ou Noite do Jantar, talvez). Contudo, o restaurante escolhido por eles é altamente procurado e, como não haviam feito reserva para o mesmo, ficam a ver navios no bar do mesmo. No entanto, decidem aproveitar uma oportunidade literalmente não-ética: alguém chama por uma determinada pessoa que havia reservado uma mesa. Como ninguém atende ao chamado, o casal Carrel/Fey prontamente se apresenta esta pessoa que reservou a mesa. Só que, durante o jantar deles, dois homens chegam e intimam o casal, perguntando se eles são o senhor e a senhora X. Como ambos confirmam, eles os “convidam” a se retirar do local. Já fora do local, os caras intimam o casal a entregar algo que nenhum deles possui (já que não são o casal verdadeiro). Eles tentam explicar isto, contudo os caras não acreditam. A partir daí Carrel e Fey tentam arrumar uma maneira de sair desta situação e, desta forma, começam suas “altas confusões”.
Noite do Jantar (digo, Uma Noite Fora de Série – versões brasileiras, shame on you) não é um filme extremamente engraçado, contudo é bastante divertido por que, se não possui ótimas gags e piadas, consegue ser eficiente (apesar dos clichês) no quesito de aventura (os personagens principais não ficam mais de 5 minutos num local, tornando esta comédia praticamente um foot movie – alusão a roadie movie, contudo, como os personagens praticamente só andam a pé, fiz esta ligeira adaptação) e mostra-se um filme bastante movimentado, com uma excelente química entre Steve Carrel e Tina Fey, além de uma impagável e sem noção interpretação (talvez eu seja um dos poucos que acham que ele sabe atuar) de Mark Wahlberg, que faz aqui uma ponta muito bacana. Sem muito mais a dizer (o filme é tão raso quanto um pires), fica aqui a dica de uma diversão efêmera e superficial, porém, divertida (ser redundante às vezes também é divertido).
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Homem de Ferro 2 (Iron Man 2, 2010, EUA). Direção: Joe Favreau (de Zathura). Com Robert Downey Jr. (de Sherlock Holmes), Gwyneth Paltrow (de A Prova), Don Cheadle (de Crash – No Limite), Sam Rockwell (de Choke – No Sufoco), Scarlett Johanson (de Vicky Cristina Barcelona), Mickey Rourke (de Killshot – Tiro Certo) e Samuel L. Jackson (de Ameaça Terrorista).
Seqüência mais que bem vinda do sucesso de 2008, Homem de Ferro 2 possui o raro equilíbrio de um bom filme que segue diretamente de onde o antecessor parou. Investindo pesado em novos (e ótimos) personagens coadjuvantes, com destaque para o cínico empresário e rival do herói, Justin Hammer (interpretado pelo versátil e talentoso Sam Rockwell) e a misteriosa assistente do mesmo, Natalie (literalmente encorporada pela beldade Scarlett Johanson). O longa também conta com as boas presenças de Mickey Rourke (vencedor do Globo de Ouro por O Lutador), como o antagonista do herói, o Whiplash, Don Cheadle, substituindo o ator Terrence Howard como o braço direito do Homem de Ferro, além, é claro, do bastante a vontade e com total domínio de cena Robert Downey Jr., que domina o espectador do começo ao fim da projeção, seja com os trejeitos e frases marcantes de seu Tony Stark, seja metralhando Whiplash como Homem de Ferro. Para mais informações sobre o longa (detalhes sobre a trama e conceitos técnicos) recomendo uma visita ao meu blog de cinema, neste link, onde comento mais acerca desta ótima seqüência. Um filme tão bom e tão divertido quanto o original.
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O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, 2010, EUA). Direção: M. Night Shyamalan. Com Noah Ringer, Dev Patel (de Quem Quer Ser um Milionário), Jackson Rathbone (de Crepúsculo), Nicola Peltz e Cliff Curtis (de Duro de Matar 4.0).
Nunca dei muita bola para a animação Avatar (não o de James Cameron, mas sim a animação da Nickelodean), fonte de origem desta adaptação cinematográfica, apresentada como O Último Mestre do Ar. E, quando vi o primeiro da trailer da produção também não fiquei muito empolgado. Lembrava um pouco o filme Tróia, de 2004, principalmente pela cena final do trailer, que mostrava uma imensa esquadra de navios de guerra prontos para a atacar uma ilha. Contudo, apesar da baixa expectativa, decidi conferir o longa. O resultado? Um tanto quanto frustrante. O Último Mestre do Ar não é um filme ruim, no entanto parece um pouco apressado e, para marinheiros de primeira viagem como eu, que não estão familiarizados com o universo dos personagens, tudo fica um tanto quanto confuso. O filme possui ótimos efeitos-especiais, boas seqüência de luta (as coreografias são bem elaboradas, mas nada de espetacular ou inovador) e com uma ótima direção de arte e fotografia. Ou seja, o filme destaca-se mais nos quesitos técnicos do que nos de narrativa e atuação. Eis então o problema maior do mesmo já que, com a abundante tecnologia disponível hoje, fica difícil engolir um filme que possui apenas visual e um conteúdo pouco desenvolvido. O maior problema do filme é a falta de equilíbrio. Entretanto, afirmo que o filme é indicado e merece ser visto, pois possui bons momentos e, no geral, diverte. Mesmo que seja pela sua beleza estética e não pelo seu conteúdo e mensagem. Por fim, a grande contribuição de O Último Mestre do Ar para mim foi incitar minha curiosidade para conferir a animação original na qual o filme se baseia e, já tendo conferido toda a primeira temporada da mesma, que é apresentada neste filme, percebi que esta é sim um ótimo produto, muito mais complexo e bem desenvolvido do que seu filho cinematográfico.
Obs.: Este filme foi adaptado e dirigido por M. Night Shyamalan, realizador de O Sexto-Sentido, Sinais e A Vila, dentre outros. Cineasta este que admiro bastante. Contudo, desde seu filme anterior, o dispensável Fim dos Tempos (The Happening, algo como O Acontecimento – realmente este filme é um acontecimento) fiquei atento as produções subsequentes do cineasta indiano. E, infelizmente, com esta adaptação da animação Avatar, Shyamalan ainda não consegui sair do vermelho.
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