Arquivo da categoria ‘Mídia e Sociedade’

Mais de um ano após a primeira postagem assumidamente inútil do Teia Pop, eis então uma seqüência para esse inesperado “sucesso” de acessos no blog. E, o astro escolhido para se impor ao talento descomunal de Nicolas Cage (alvo da primeira análise) e suas diversas cabeleiras, é nada mais nada menos do que o galã Johnny Depp, que, em minha opinião, tem em sua filmografia personagens tão loucos, esquizofrênicos e inusitados quanto os do colega Cage.

Sendo assim, abaixo estarão disponíveis algumas fotografias de personagens de Johnny Depp com looks mais estranhos (para não dizer bizarros) e, como disse no post anterior, peço que observem as fotos por sua conta e risco!

Obs.: abaixo das fotos deixo a minha impressão sobre o filme (ótimo, bom, regular ou ruim – e clássico, que está acima de tudo [ou não]). Boa leitura e boa diversão!

1984 – A HORA DO PESADELO (A NIGHTMARE ON ELM STREET), dirigido por Wes Craven (trilogia Pânico).

Depp no filme A Hora do Pesadelo, seu primeiro papel no cinema.

Cotação: Clássico.

1987 – Seriado ANJOS DA LEI (21 JUMP STREET).

Visual punk contemporâneo anos 80! What?

Cotação: Não vi.

1990 – EDWARD MÃOS DE TESOURA (EDWARD SCISSORHANDS), dirigido por Tim Burton  (Planeta dos Macacos/Alice no País das Maralvilhas).

Primeiro trabalho com Burton marca o início dos visuais esquistos do ator. Clássico!

Cotação: Clássico.

1990 – CRY BABY, dirigido por John Waters (Hairspray).

Bem, apesar do biquinho, esse ainda não é o visu mais gay de Depp. Almost faggot!

Cotação: Não vi.

1994 – ED WOOD, dirigido por Tim Burton.

Well, well, well... primeiro "moustache" do ator no cinema. Achou ridículo? O pior ainda virá!

Cotação: Muito bom.

1995 – TEMPO ESGOTADO (NICK OF TIME), dirigido por John Badham (Excalibur/O Exorcista II – O Herege).

Cabelo desgrenhado. Cara de assustado. Sem costeletas. Nicolas Cage?

Cotação: Bom.

1997 – DONNIE BRASCO, dirigido por Mike Newell (Harry Potter e o Cálice de Fogo/Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo).

Esse bigode "moustache" é foda... e o filme também!

Cotação: Ótimo.

1998 – MEDO E DELÍRIO (FEAR AND LOATHING IN LAS VEGAS), dirigido poe Terry Gilliam (Os 12 Macacos/ Irmãos Grimm).

Bem, o que esperar de um filme do Terry Gilliam, não é?

Cotação: Clássico.

1999 – A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (SLEEPY HOLLOW), dirigido por Tim Burton.

O penteado até que não é esquisito, mas o adereço ótico denota um novo sentido a cabeleira de Depp nesta nova parceria com Tim Burton.

Cotação: Ótimo.

1999 – ENIGMA DO ESPAÇO (THE ASTRONAUT’S WIFE), dirigido por Rand Ravich (roteirista de Candyman 2).

Achou o visual "Cry-Baby" gay? Então o que me diz desse cabelo alourado aparado no Jassa... FAGGOT hairstyle!

Cotação: Não vi.

2000 – POR QUE CHORAM OS HOMENS (THE MAN WHO CRIED), dirigido por Sally Potter (Yes / Rage).

Bigode e barbichinha...

Cotação: Não vi.

2000 – ANTES DO ANOITECER (BEFORE NIGHT FALLS), dirigido por Julian Schnabel (Basquiat – Traços de uma Vida/O Escafandro e a Borboleta).

Uma imagem vale mais do que trocentas palavras... (o filme é foda)!

Cotação: Ótimo.

2003 – PIRATAS DO CARIBE: A MALDIÇÃO DO PÉROLA NEGRA (PIRATES OF THE CARIBBEAN: THE CURSE OF THE BLACK PEARL), dirigido por Gore Verbinski (O Chamado/Rango).

Jack "fucking" Sparrow man! Johnny Depp mainstream...

Cotação: Muito Bom.

2005 – A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE (CHARLIE AND THE CHOCOLATE FACTORY), dirigido por Tim Burton.

Androgenia e Michael Jackson feelings...

Cotação: Bom.

2007 – SWEENEY TODD: O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET (SWEENEY TODD: THE DEMON BARBER OF FLEET STREET), dirigido dirigido por Tim Burton

Style total, cara de fodão. Se mete com o cara?

Cotação: Muito Bom.

2010 – ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS (ALICE IN WONDERLAND), dirigido dirigido por Tim Burton.

Apenas duas palavras: Madonna drogada!

Cotação: Regular.

::: BONUS :::

2005 – A NOIVA CADÁVER (CORPSE BRIDE), dirigido dirigido por Tim Burton e Mike Johnson.

Johnny Depp artesanal...

Cotação: Bom.

2011 – RANGO, dirigido dirigido por Gore Verbinski.

Igualzinho... igual!

Este post não visa denegrir, de forma alguma, a capacidade e talento de Johnny Depp como intéprete. Longe disso, pois em primeiro lugar admiro bastante a maioria de seus filmes. Contudo, não poderia deixar de apresentar “alguns” visuais curiosos do ator durante sua carreira até então.

:: Links ::

Inutilidade I: OsMELHORESpenteados de Nicolas Cage

Eis aqui a primeira postagem assumidamente idiota do Teia Pop. Como gosto de acompanhar a carreira deste instável ator norte-americano conhecido pela alcunha de Nicolas Cage, astro de filmes distintos como Coração Selvagem, Despedida em Las Vegas (pelo qual venceu o Oscar de melhor ator), Con Air – A Rota da Fuga, Cidade dos Anjos, A Lenda do Tesouro Perdido, Motoqueiro Fantasma, dentre outros e sempre me senti intrigado tanto pelo critério de seleção de trabalhos deste cidadão (que é bastante instável no quesito qualidade), quanto, principalmente, pelo visual do cabelo do mesmo ao interpretar os personagens destes filmes. Sendo assim, decidi disponibilizar aqui alguns “looks” de Cage, aqueles que considero os mais bizarros da sua carreira até então. Pois bem, observem as fotos por sua conta e risco!

Obs.: apesar do cabelo, isso não tira o mérito do filme ser bom (ou não). Sendo assim, abaixo deixo a minha impressão sobre o filme (ótimo, bom, regular ou ruim – e clássico, que está acima de tudo [ou não]). Boa leitura e boa diversão!

1983 – O SELVAGEM DA MOTOCICLETA (RUMBLE FISH), dirigido por Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão / Apocalypse Now).

Nicolas Cage e Matt Dillon, no filme O Selvagem da Motocicleta, de 1983.

Cotação: Clássico.

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1987 – ARIZONA NUNCA MAIS (RAISING ARIZONA), dirigido por Joel Cohen e roteirizado por Ethan Cohen (Fargo / Onde os Fracos Não Tem Vez).

Nic Cage em Arizona Nunca Mais, de 1987.

Cotação: Clássico.

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1987 – FEITIÇO DA LUA (MOONSTRUCK), dirigido por Norman Jewison (Hurricane – O Furacão).

Cage em Feitiço da Lua, também de 1987.

Cotação: Bom.

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1990 – CORAÇÃO SELVAGEM (WILD AT HEART), dirigido pelo visionário David Lynch (O Homem-Elefante / Império dos Sonhos).

 

Nicolas Cage ainda na "fase" galã em Coração Selvagem (1990).

Cotação: Clássico.
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1993 – ENGANO MORTAL (DEADFALL), dirigido por Christopher Coppola .

Cage com bigodinho e "peruca" dando uma força ao irmão diretor em 1993

Cotação: Regular.
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1995 – DESPEDIDA EM LAS VEGAS (LEAVING LAS VEGAS), dirigido por Mike Figgis (Justiça Cega).

Em 1995, com o penteado vencedor do Oscar.

Cotação: Ótimo.
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1995 – O BEIJO DA MORTE (KISS OF DEATH), dirigido por Barbet Schroeder (Mulher Solteira Procura / O Advogado do Terror).

Nic Cage mal-encarado e de cavanhaque em 1995.

Cotação: Regular.
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1996 – A ROCHA (THE ROCK), dirigido por Michael Bay (Armageddon / Transformers).

A partir de 1996 Cage dá início a fase "astro de filmes de ação".

Cotação: Ruim.
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1997 – A OUTRA FACE (FACE/OFF), dirigido por John Woo (O Alvo / Missão: Impossível 2).

Divertindo-se como um assassino lunático (ou seria um lunático assassino?) no espetáculo estético de Woo de 1997

Cotação: Bom (se você desligar a mente e curtir a experiência).
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1997 – CON AIR – A ROTA DA FUGA (CON AIR), dirigido por Simon West (A Filha do General).

1997: O começo da calamidade. Madeixas longas com entradas parte 1.

Cotação: Ruim.
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1998 – OLHOS DE SERPENTE (SNAKE EYES), dirigido por Brian De Palma (Scarface / Os Intocáveis).

Nic Cage (tentando disfarçar as entradas com um corte mais discreto) e Gary Sinise, em 1998.

Cotação: Bom.
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2002 – ADAPTAÇÃO (ADAPTATION), dirigido por Spike Jonze (Quem Quer Ser John Malkovich / Onde Vivem os Monstros).

Ótimo filme! Excelente interpretação! Quanto ao cabelo...

Cotação: Ótimo (como já dito acima).
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2004 – A LENDA DO TESOURO PERDIDO (NATIONAL TREASURE), dirigido por Jon Turteltaub (Fenômeno).

2004, o início da calamidade capilar (não achou tão mal? Pois confira o que vem após isto!).

Cotação: Regular (quase ruim).
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2006 – AS TORRES GÊMEAS (WORLD TRADE CENTER), dirigido por Oliver Stone (Platoon / Nascido em 4 de Julho).

O diretor Oliver Stone e Cage (com um bigodão para tentar tira a atenção do seu cabelo - ou falta de).

Cotação: Bom.
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2006 – O SACRIFÍCIO (THE WICKER MAN), dirigido por Neil LaBute (Na Companhia dos Homens).
 

A volta dos penteados "experimentais".

Cotação: Ruim (quase péssimo).

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2007 – A LENDA DO TESOURO PERDIDO – O LIVRO DOS SEGREDOS (NATIONAL TREASURE – BOOK OF SECRETS), dirigido por Jon Turteltaub (Fenômeno).

O início do caos capilar e dos penteados ridículos 2.0.

Cotação: Ruim (quase regular [ou não]).
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2007 – MOTOQUEIRO FANTASMA (GHOST RIDER), dirigido por Mark Steven Johnson (Demolidor – O Homem Sem Medo).

A melhor disfarçada de entradas em tempos, pena que já está óbvio demais.

Cotação: Ruim (quase inassistível).
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2007 – O VIDENTE (NEXT), dirigido por Lee Tamahori (007 – O Amanhã Nunca Morre).
 

Dear God!!! Madeixas longas COM entradas (e que entradas) parte 2.

Cotação: Regular (apenas pelo conceito em que foi baseado. Sem você não ligar ou curti isso, o filme é ruim mesmo).

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2008 – PERIGO EM BANGKOK (BANGKOK DANGEROUS), dirigido por Oxide Pang Chun e Danny Pang (Assombração).

Dear God!!! (2) Madeixas longas COM entradas (preciso dizer mais alguma coisa?) parte 3.

Cotação: Mesmo caso de A Outra Face, regular se você desligar o seu cérebro (talvez não… é ruim mesmo!).
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2009 – PRESSÁGIO (KNOWING), dirigido por Alex Proyas (Cidade das Sombras / Eu, Robô).

O filme é tão bacana, mas este cabelo... (e onde estão as suas costeletas, mr. Cage?)

Cotação: Ótimo. Ponto final.
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2009 – VÍCIO FRENÉTICO (THE BAD LIEUTENANT: PORT OF CALL – NEW ORLEANS), dirigido por Werner Herzog (Fitzcarraldo / O Sobrevivente).

C.A.O.S. capilar (ainda sem costeletas)!

Cotação: Mais que bom, menos que ótimo. Muito bom então, ok?
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2010 – KICK-ASS – QUEBRANDO TUDO (KICK-ASS), dirigido por Matthew Vaughn (Nem Tudo é o Que Parece / Stardust – O Mistério da Estrela).

Pra variar, conjunto completo (bigode e falta de costeletas... again).

Cotação: Ótimo. Ótimo. E divertidíssimo também!
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2010 – O APRENDIZ DE FEITIÇEIRO (THE SORCERER’S APRENTICE), dirigido por Jon Turteltaub (Fenômeno).

Sem dúvidas uma peruca (com certeza você ainda lembra da situação das verdadeiras madeixas longas - e COM entradas - do senhor Nicolas Cage, não é?

Cotação: Fico devendo, pois ainda não vi. Mas, pela quantidade de público que viu (pouco) e pela fria recepção da crítica, além do currículo do diretor do filme (é dele os dois A Lenda do Tesouro Perdido), não espere muita coisa.
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Ah, este post não visa denegrir, de forma alguma, a capacidade e talento de Nicolas Cage como intéprete. Longe disso, pois em primeiro lugar gosto bastante de grande parte de seus filmes. Contudo, não poderia deixar de apresentar “alguns” visuais curiosos de Cage durante sua carreira até agora. Hum, e, pra não acabar assim tão bruscamente, que tão um momento em que não só o cabelo de Nic Cage é o destaque bizarro, mas sim a “obra” como um todo? Preparados? Pois confiram abaixo a grande imagem deste post.

O sonho acabou... Cage nunca conseguiu ser o Superman no cinema. Ainda bem...

:: Sinopse ::

Nascimento (Wagner Moura), agora coronel, foi afastado do BOPE por conta de uma mal sucedida operação. Desta forma, ele vai parar na inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Contudo, ele descobre que o sistema que tanto combate é mais podre do que imagina e que o buraco é bem mais embaixo. Seus problemas só aumentam, porque o filho Rafael (Pedro Van Held) tornou-se adolescente, Rosane (Maria Ribeiro) não é mais sua esposa e seu arqui inimigo Fraga (Irandhir Santos) ocupa posição de destaque no seio de sua família.

:: Impressões ::

Independentemente da linha de pensamento “antro-filo-psico-politico-social” do novo filme de José Padilha (do documentário Ônibus 174), esta continuação do grande sucesso de 2007 pode ser comparada, sem o mínimo pudor, a outro grande filme (e seqüência): Batman – O Cavaleiro das Trevas, de 2008, continuação do também excelente Batman Begins (2005). Deixe-me explicar. Não que estas obras tenham, em sua concepção, características semelhantes. Longe disso. Contudo, o ponto-chave de minha comparação reside na observância de que, ambas as seqüência conseguiram, através de uma arrojada combinação de elementos, superarem as já ótimas primeiras partes, estando assim na raríssima linha de filmes que conseguiram evoluir após um excelente ponto de partida. Ou seja, Tropa de Elite 2 é um filme de primeira categoria, conseguindo aumentar (positivamente) todos os conceitos traçados no longa de 2007 e apontar uma evolução surpreendente, tanto no quesito de narrativa (ainda temos o agora Tenente Coronel Nascimento como narrador da trama), quanto no entrelaçamento dos personagens do roteiro e, como não podia deixar de ser, no roteiro em si.

Este Tropa de Elite 2 conseguiu abraçar ainda mais os elementos de “realidade cotidiana” do Rio de Janeiro (vide diversos personagens do longa serem “inspirados” em “personalidades” reais), sem deixar de ser uma obra de ficção, um filme com uma proposta de entreter as massas. Entretanto, quem procura uma substância a mais com certeza encontrará nesta película. Independentemente da linha ideológica do espectador, o filme é brilhantemente conduzido e fiel a sua proposta e, mesmo que não se concorde com o que é apresentado na tela, deve-se respeitar o objetivo deste trabalho, que nada mais é do que conceitualizar, em forma de cinema, um ponto de vista acerca das maracutaias inerentes a política brasileira, como o auto-flagelo do estado perante todos os níveis cíveis possíveis, que vão da “ordem” exercida pela polícia (B.O.P.E. incluso), do acobertamento e da manipulação da mídia, da omissão da sociedade no que concerne ao acompanhamento, avaliação e cobrança perante ao poder público acerca das injustiças sociais acobertados pelo Estado, da vulgarização do crime (e, por conseguinte, dos criminosos que o compõe), enfim, do tão citado pelo personagem Nascimento: o sistema.

Não cabe aqui descrever a trama do longa, visto que recomendo a todos aqueles que têm interesse em assisti-lo e que conferiram o primeiro anteriormente que vão ao cinema e absorvam o filme com a mente limpa. Pois, acredito eu, só assim os acontecimentos viscerais (ou porrada, no linguajar do filme) serão mais críveis e, com esta mente limpa, o juízo de valor aplicado por vocês terá como resultado uma opinião sincera. Muitos podem condenar este Tropa de Elite 2 como um filme fascista, caça-níquel, covarde (“coincidentemente” o filme teve seu lançamento adiado diversas vezes, indo de agosto do corrente ano para outubro do mesmo ano, logo após a semana de eleições), dentre outros adjetivos com conotação depreciativa. No entanto, seja qual for a sua impressão para com este longa, não há como negar que este é um trabalho sincero e corajoso, que não tem por objetivo ser uma tese contra ou a favor da violência e do caos, mas sim apresentar um ponto de vista analítico de uma “pseudo-realidade” cada vez mais próxima de nós. Tropa de Elite 2, assim como o já citado O Cavaleiro das Trevas, complementa e avança o primeiro trabalho de maneira inimaginável, além de deixar algumas pontas soltas, sugerindo assim a possibilidade de um terceiro capítulo. Que este venha ou não. Se vier, será bem vindo, visto que temas relacionados a violência urbana é o que não falta (infelizmente). Caso não venha, fica marcado então o filme Tropa de Elite 2 como um dos maiores (e melhores) filmes acerca do tema do cinema nacional, tanto em conteúdo, quanto em estética.

Para não ficar apenas no desabafo, é válido comentar que tecnicamente o filme supera o primeiro (apesar do mesmo já ter sido excelente no quesito), tanto no quesito de cenas de ação, quanto na crueza com que as cenas foram concebidas (fato este que pode ser atribuído a vivência do diretor José Padilha como documentarista). Também é importante destacar a mixagem de som e a trilha sonora, que em alguns momentos lembrou bastante a do já tão citado filme do Batman, principalmente nas cenas de maior tensão dramática (leia-se cenas pré tiroteios).  O elenco, pra completar, está soberbo. Wagner Moura (quem quiser comprovar o talento do mesmo, assista, para destacar apenas um filme, Romance, dirigido por Guel Arraes, que terá uma ideia da versatilidade e competência de Moura) dispensa comentários com o personagem da sua vida, o Tenente Coronel Nascimento, que carrega neste novo capítulo o sentimento de amargura e derrota nos olhos, devido aos diversos percalços passados pelo mesmo nestes dez anos que separam um filme do outro. André Ramiro continua mostrando muita energia como o agora Comandante Matias. Irandhir Santos, conhecido como protagonista da mini-série global A Pedra do Reino, surpreende como Fraga, um professor dedicado a defender as minorias (leia-se, no caso do filme, os criminosos) que vê-se num embate pessoal com Nascimento. Além, é claro, das presenças de André Mattos (interpretando um apresentador de programa policialesco, ao estilo Plantão Alagoas, para exemplificar com um local), Tainá Müller (esta um tanto quanto subaproveitada), como uma jornalista investigativa, Seu Jorge (o eterno Mané Galinha de Cidade de Deus, numa ponta de destaque) como um dos líderes do PCC e do retorno de alguns personagens do filme anterior, como a esposa de Nascimento (Maria Ribeiro, de Histórias de Amor duram apenas 90 Minutos) e o eterno 01, que fora expulso do B.O.P.E. e entrega agora a Polícia comum, interpretado pelo competente Milhem Cortaz (de Encarnação do Demônio).

Tropa de Elite 2 tem tudo para superar o primeiro longa nas bilheterias e, se tudo der certo, tornar-se o filme nacional mais visto este ano. Torço que isto aconteça já que pelo menos pirataria antes da estréia não aconteceu com este. E, para finalizar com uma frase de efeito que, apesar de aparentemente simples, tem no subtexto uma mensagem bastante complexa. Em certo momento do longa, Nascimento comenta que, apesar dos fatores que levam um oficial do B.O.P.E. a eliminar um criminoso, no final das contas o que interessa a opinião pública em geral é a seguinte afirmação: “Bandido bom é bandido morto!”. Sentenciamento este que merece muita reflexão.

Elenco: Wagner Moura, André Ramiro, Irandhir Santos, Maria Ribeiro, Milhem Cortaz, Pedro Van Held, Sandro Rocha, André Mattos, Tainá Müller e Seu Jorge.

:: Ficha Técnica ::

Título original: Tropa de Elite 2

Gênero: Policial

Duração: 116 min

Ano de lançamento: 2010

Site oficial: http://www.tropa2.com.br

Estúdio: Zazen Produções

Distribuidora: Zazen Produções

Direção: José Padilha

Roteiro: Bráulio Mantovani e José Padilha, baseado em argumento de José Padilha, Rodrigo Pimentel e Bráulio Mantovani

Produção: Marcos Prado

Música: Pedro Bromfman

Fotografia: Lula Carvalho

Direção de arte: Tiago Marques

Figurino: Cláudia Kopke

Edição e Direção de 2ª Unidade: Daniel Rezende

 

:: Trailer ::

 

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema.

Videocast sobre Tropa de Elite 2: Cabine Celular.

Outras críticas sobre o filme:

Cineclick – Por Heitor Augusto.

Omelete – Por Marcelo Forlani.

Pipoca Moderna – Por Luciano Ramos.

Portal G1 – Por Luciano Trigo.

Portal R7 – Por André Forastieri.

Curiosidade: Perícia vai dizer se DVDs piratas contêm íntegra de “Tropa de Elite 2” (matéria publicada no Portal G1).

Buh! Campanha viral sinistra!

Publicado: setembro 2, 2010 em Cinema, Mídia e Sociedade

Diferentemente dos posts antigos, onde o conteúdo disponibilizado tinha como foco a discussão de algum assunto, venho desta vez apenas divulgar uma interessante e muito criativa peça de divulgação do filme O Último Exorcismo (The Last Exorcism), produção do diretor e protegido de Quentin Tarantino, Eli Roth (diretor dos dois primeiros O Albergue e ator em Bastardos Inglórios, último filme de Tarantino), que recém estreou nos cinemas norte-americanos e que lidera as bilheterias de lá ( a estréia no Brasil é prevista para o dia 24 de setembro).

Voltando a peça, na verdade ela faz parte da agora bastante comum campanha virtual viral, onde diversos recursos presentes nos meios digitais são utilizados visando tanto uma maior divulgação do produto (neste caso, do filme), quanto a participação dos internautas/fãs neste processo, já que estas ações geralmente geram discussões sobre o produto divulgado.

O vídeo disponível abaixo mostram trechos de chats promovidos via webcam, onde pessoas (em sua maioria jovens e homens) foram pegas desprevinidas uma estranha garota que não parece ser muito “normal”.

Simplesmente genial e hilário (ou assustador?)! Confiram abaixo (por sua conta e risco):

:: Links ::

Omelete

Site Oficial

A Liga, programa semanal da Rede Bandeirantes, apresentou na edição de hoje, terça-feira, 15 de junho, um interessante apanhado acerca da considerada mais antiga profissão da história: a denomindada prostituição.

Através do acompanhamento de alguns dos estereótipos mais comuns do “ramo, são abordados no epísódio os seguintes perfis: o travesti, o garoto de programa, a garota de programa de luxo e a garota de programa por imposição socio-econômica.

Com uma linguagem bastante acessível e com um método similar ao do também excelente programa jornalístico investigativo Profissão Repórter, da Rede Globo, este A Liga apresentou de perto, através do acompanhamento de diversos “profissionais” de todas as “áreas” citadas, mostrando seus objetivos, suas ambições, seus medos e tentando compreender o por que de suas escolhas, visto que, apesar de secular, a prostituição nunca conseguiu ultrapassar a barreira da hipocrisia humana e continua, e talvez sempre continuará, como uma opção de vida regada a preconceito e a repulsa, apesar de muitos dos que a abominam e a marginalizam, serem consumidores e/ou dependentes dela (pornografia não deixa de ser uma espécie de prostituição, já que é uma venda de imagem, uma espécie de prostituição virtual), ou até mesmo cometedores de “crimes”, se formos analisar pelo âmbito ético-moral, muito mais graves, a exemplo da violência (seja entre marido e mulher, seja entre pais e filhos etc.), da corrupção, da exploração infantil, dentre outros ditos “pecados”, que, com toda a certeza, não são, nem talvez nunca serão tão atacados quanto os depedentes e consumidores deste vasto universo denomindado prostituição.

Que fique bem claro que não sou partidário da prostituição. Longe disso. Contudo, como qualquer manifestação cultural (sim, seria estupidez achar que esta manifestação, mais antiga do que qualquer ser vivo hoje, não seja também um fenômeno cultural, que passa – e, mais importante, sobrevive – de geração em geração) deve ser respeitada. Não importa se você ou eu, como indivíduos e cidadãos, gostamos ou deixamos de gostar dela, ou se aceitamos ou não a sua existência. O fato é que ela existe e está muito viva, além de completamente arraigada no cerne da sociedade como um todo e, mais importante, no mundo inteiro, tanto no Ocidente, quanto no Oriente. Portanto, apesar dos conceitos pre-estabelecidos que cada um de nós possuímos, nada justifica a discriminação e o olhar de ojeriza que muitos transparecem quando dão de cara com profissionais do sexo (como também são chamados os que estão no meio da prostituição). Respeito. Essa é a plavra chave. No mais, cada um segue sua vida, de uma forma ou de outra.

Obs.: O programa, com quase 1 hora de duração, apresentou diversos casos envolvendo estes tipos de profissionais do sexo citados acima e, mesmo que de forma rápida e não tão profunda, mostrou alguns dos dilemas e angústias, além do glamour de certos membros deste mundo, onde convivem tanto mulheres de origem pobre, que tentam tirar deste trabalho dinheiro para sobreviverem no limite, quanto outro(a)(s) que utilizam de charme e estratégias empreenderas para conquistaram altas quantias de dinheiro, possuindo apartamentos, carros de luxo e roupas importadas. Sendo assim, essa complexidade é um dos pontos chave abordados neste documento jornalístico importante, que mais uma vez reascende o debate sobre um tema largamente discutido e que nunca deteve um denomindador comum: o mundo da prostituição e seus habitantes.

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Isexp (Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática), sobre prostituição