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Pelo qualidade apresentada até então e o texto elucidativo sobre a primeira temporada da série, não vejo ser necessário me alongar tanto debatendo acerca dos méritos e do impacto positivo causados por esta que é uma das melhores séries norte-americanas da atualidade. Fechando o arco iniciado na temporada anterior, a temporada 2 de The Killing mantém o nível de excelência, ao mesmo tempo em que consegue surpreender novamente, revelando detalhes até então nunca imaginados pelo espectador e revelando as causas e culpados pelo crime de maneira crível, mas não menos chocante e surpreendente.

Aproveitando ainda mais o belíssimo cabedal de personagens, temos aqui a detetive Linden (Mireille Enos) ainda mais intempestiva e à beira de um “colapso mental”, junto ao seu enigmático e boa praça parceiro Holder (Joel Kinnaman), para mim o grande nome dessa temporada. Outro grande nome que ganha uma nova cara – muito devido às consequências dos acontecimentos sofridos no final da temporada anterior – é a performance do ator Billy Campbell, que  emprega uma espécie de brilho e tormento ao seu personagem, o vereador Darren Richmond.

É chover no molhado enaltecer o caráter humano e psicológico tanto da trama quanto dos tridimensionais personagens de The Killing, até por que subtende-se que quem tem interesse de conferir esta segunda temporada, viu a anterior e esta basicamente continua a jornada iniciada naquela. Entretanto, não é demais afirmar mais uma vez que esta série, ao lado de Homeland, são as séries de conteúdo adulto mais interessantes feitas nos últimos anos, perfeitas para aqueles que procuram um entretenimento com baseadas na “realidade”, bem pé no chão, e com profundidade na abordagem dos seus temas.

Independentemente de gostos e de alcance midiático, é válido registrar que The Killing é uma série com grau de excelência tão ou até maior do que The Walking Dead e Game of Thrones, por exemplo, que também são produtos de qualidade altíssima, mas que têm a vantagem de possuírem uma divulgação e, consequentemente, uma audiência substancialmente maior em comparação a The Killing.  Sendo assim, para aqueles que curtem essas duas excelentes séries citadas acima, mas também curtem filmes policiais com uma pegada mais intimista (e, por que não, contemporânea) como Sobre Meninos e Lobos, Medo da Verdade – coincidência ou não, ambos baseados em obras policiais do norte-americano Dennis Lehane, que tem uma pegada semelhante a da série debatida aqui – , Seven, os Sete Crimes Capitais, dentre outros, recomendo entusiasticamente que confiram The Killing, pois a mesma possui um grau de profundidade, excelência e qualidade que supera em muito até mesmo grandes filmes do gênero, além de ter a rara qualidade no mundo das séries de TV de manter-se interessante e com grande qualidade do início ao fim das duas temporadas, que somam 26 episódios, nunca enganando o espectador e apresentando um dos encerramentos mais angustiantes e emotivos dos últimos tempos. Recomendo que a (ou as, caso não tenha acompanhado a temporada primeira) veja imediatamente.

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Análise da 1ª Temporada

Página na Wikipédia (Inglês)

Site oficial (em inglês): The Killing

Fichas no IMDB:

– Mireille Enos

– Joel Kinnaman

– Billy Campbell

– Michelle Forbes

Proporções a parte, o canal norte-americano AMC parece que vai realmente se tornar competidor oficial da HBO como produtor de séries ecléticas com produções primorosas, visto que, apesar de contar com um ainda pequeno hall de programas, o canal já conta com pelo menos duas séries premiadas e reconhecidas pelo grande público, que são Mad Men e Breaking Bad, uma que virou mania desde o ano passado, The Walking Dead, além de uma elogiada nova série policial que estreou no começo do ano, intitulada The Killing, fechando o ciclo atual com esta até então bacaníssima Hell on Wheels.

Criação dos até então não muito conhecidos Joe e Tony Gayton (este último autor dos roteiros de filmes como A Sombra da Maldade, dirigido D.J. Caruso e Rápida Vingança, de George Tillman Jr.), Hell on Wheels trata-se de um faroeste classudo, ambientado pelos idos de 1850, durante o pós-Guerra de Secessão, libertação dos escravos afro-americanos e eferverscência da construção das ferrovias, sendo então esse trio de temas que ganham destaque no episodio piloto. Contudo, apesar de relevantes a construção da trama, o plot principal se apresenta através de outro aspecto consagrado dos faroestes e da história da humanidade, por assim dizer, a vingança. Esta vingança é procurada pelo ex-soldado confederado Cullen Bohannon (Anson Mount, ator não muito conhecido que já participou de diversas séries, como Dollhouse, Smallville e até mesmo Lost), que “caça” os responsáveis pela morte de sua esposa durante os eventos da guerra.

Possuidora de uma produção requintada, do figurino e locações à marcante trilha sonora (o tema original foi composto pelo vencedor do Oscar por O Segredo de Brokeback Mountain e BabelGustavo Santaolalla), bons atores (em sua maioria desconhecidos) e de uma edição dinâmica, Hell on Wheels parece ser uma das boas pedidas da temporada 2011, conquistando a audiência nesse episódio piloto (cerca de 4,4 milhões de pessoas assistiram ao episódio) e, se isto for comprovado pelos demais episódios, mais um grande acerto da AMC, resultando assim num degrau a mais rumo ao título de “tão competente quanto a HBO” na produção de séries. Recomendado.

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Hell on Wheels é produzida pelo canal AMC e teve sua estréia no no último dia 6 de novembro e, por ironia do destino (ou não), será exibida no Brasil pela HBO, contudo sem data confirmada para tal.

:: Trailer ::

:: Links ::

– Site Oficial: Hell on Wheels

– Página oficial no IMDb

– Fichas do IMDb:

Joe Gayton (produtor, co-criador e roteirista)

* Tony Gayton (produtor, co-criador e roteirista)

* Anson Mount

* Gustavo Santaolalla (compositor)

No último domingo foi encerrada a 1ª temporada da série The Killing, exibida nos EUA pelo canal AMC (de séries como Mad Men, Breaking Bad e The Walking Dead). Contando com 13 episódios, a série enfoca o assassinato da jovem Rosie Larsen e todo o trabalho de investigação de uma dupla de detetives – interpretados pelos excelentes Mireille Enos e Joel Kinnaman – para a resolução desse caso. Cada um dos episódios engloba um dia dessa investigação, lembrando um pouco a fórmula temporal da agora clássica série 24 Horas. Tecnicamente deslumbrante, principalmente no que se refere a edião, já que em teoria é difícil conquistar o espectador nesse formato, visto que poucas informações são liberadas a cada episódio – tal qual aconteceria numa investigação policial verdadeira -, tendo assim total apoio no excelente elenco e, por conseguinte, em grandes interpretações do mesmo.

The Killing, uma adaptação de uma série sueca, é uma constante crescente em termos de qualidade e envolvimento. Desde o episódio piloto (duplo), até o fechamento desta temporada, a série consegue manter um raro padrão de qualidade, sem nunca cair no marasmo e, como infelizmente é comum em produções de gênero semelhante, começar a praticar o tão estúpido “enchimento de lingüíça”. A estrutura narrativa de The Killing é muito cinematográfica, parecendo a mesma ser um filme muito longo, tanto que sua ambientação – um tanto quanto fria e triste (envolve crime, certo?) – lembra muito o clima do filme Sobre Meninos e Lobos, dirigido por Clint Eastwood em 2002.

A dupla de detetives Stephen Holder (Joel Kinnaman) e Sarah Linden (Mireille Enos), responsáveis pela investigação do assassinato de Rosie Larsen.

Apesar de o interesse do espectador residir na descoberta do assassino da jovem Rosie Larsen, o que realmente faz sentido a trama é o complexo painel de personagens que são apresentados (profundamente, por sinal) na série, interligando-os de maneira orgânica, conseguindo a difícil tarefa de fazer-mos nos importar com eles, sejam estes possuidores de uma índole não tão ortodoxa, sejam “boas pessoas”. The Killing é um produto complexo, profundo, mas que nunca se julga superior ou apresenta-se intelingível, é sim uma obra dotada de camadas, sendo assim o expectador está livre para “acompanhar” as camadas que o interessam e que julgam serem de importância. Multifacetada, ela é thriller, policial, drama político, ou seja, estas camadas a configuram como produto único na produção televisiva atual.

Com toda certeza The Killing será uma das grandes indicadas as maiores premiações do ano (Emmy, Globo de Ouro etc.) e competirá de igual por igual com séries consagradas (e tão acostumadas a tais indicações) como Dexter, Mad Men, Breaking Bad, House M.D., além da nova Game of Thrones (que em breve terá o restante dos capítulos comentados), dentre outras. Para mim The Killing, ao lado de Game of Thrones, é a melhor surpresa da temporada, assim como no ano passado foram Boardwalk Empire e The Walking Dead. Agora, após o climático, tenso e angustiante encerramento da temporada, devemos aguardar sua continuação no até então longíquo ano de 2012.

Confiram The Killing. Altamente recomendado. Talvez a melhor série do ano (e a melhor do gênero em décadas).

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Página na Wikipédia (Inglês)

Site oficial (em inglês): The Killing

Fichas no IMDB:

Mireille Enos

Joel Kinnaman

Billy Campbell

Michelle Forbes