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Episódio dono do maior índice de audiência de toda a série, Valar Morghulis encerra com propriedade a segunda temporada de Game of Thrones, fechando os eventos iniciados no tenso episódio passado e deixando alguns ganchos para a temporada posterior. Quase que um resumo do que que aconteceu a cada um dos personagens após a sangrenta batalha mostrada no episódio anterior, acompanhamos o momento de glória dos Lannister em Porto Real (à excessão de Tyrion), a fuga de Arya Stark, a “traição” de Jon Snow, o resgate dos dragões de Daenerys, o êxodo de Bran e Rickon, a “fuga” de Jaime Lannister e Brienne, a angústia de Stannis Baratheon e a surpreendente comitiva de errantes no desfecho do capítulo.

Sem grandes reviravoltas e com algumas discrepâncias de eventos com relação à obra original, além de alguns elementos emprestados dos livros posteriores, o episódio perde apenas por optar pela  rapidez de resolução de alguns núcleos, em especial o de Daenerys, visto que os dilemas vividos pela personagem não chegam a causar comoção ao espectador, sendo sanados um tanto quanto facilmente demais. Outro que deixou um pouco a desejar foi Jon Snow, que em decorrência do ocorrida nos episódios anteriores, transformou-se – pelo menos por enquanto – num personagem pouco audaz e de inteligência limitada. Afora isso, este último episódio sobre fechar bem a temporada, tendo a maior parte de suas falhas não devido a sua própria incompetência, mas sim a algumas opções não tão boas tomadas pelos roteiristas da série em alguns dos episódios anteriores.

Apesar de não tão harmônica e emocionante como a temporada anterior, o segundo ano de Game of Thrones tem mais qualidades que deméritos, usando e abusando de discussões morais e políticas, sem deixar de buscar entreter seus diversos públicos – talvez uma falha, mas isso requer outra discussão – e honrar com rigor a obra mãe de George R. R. Martin, deixando assim esses públicos ansiosos pela sequência em 2013.

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Ainda não viu minhas impressões sobre os episódios anteriores? Veja agora:

Episódio 1, temporada 2The North Remembers

Episódio 2, temporada 2: The Night Lands

Episódio 3, temporada 2: What is Dead May Never Die

Episódio 4, temporada 2: Garden of Bones

Episódio 5, temporada 2: The Ghosts of Harrenhall

Episódio 6, temporada 2: The Old Gods and the New

Episódio 7, temporada 2: A Man Without Honor

Episódio 8, temporada 2: The Prince of Winterfell

Episódio 9, temporada 2: Blackwater

Um dos episódios mais aguardados desta 2ª temporada, Blackwater não decepciona em momento algum. Pelo contrário, pois a abordagem de George R. R. Martin (roteiro) e do diretor Neil Marshall (Abismo do Medo) ultrapassam o lugar comum e transformam um episódio que em essência seria focado apenas em batalha e combate (o que ainda possui, para deixar claro) num misto de tensão e intimismo, onde antes do confronto entre as forças de Stannis Baratheon contra a de Porto Real sentimos todo o clima de angústia e medo que com toda certeza passa pelas mentes e corações de todos antes de qualquer conflito.

Quase que totalmente focado nestes dois cenários (Stannis / Porto Real), este nono episódio praticamente descarta os demais núcleos e personagens da série, o que ao meu ver foi uma decisão mais do que acertada, visto que mesmo focando a preparação e a posterior batalha em pouco mais de 50 minutos, ainda assim ficou um gostinho de quero mais. Com uma boa condução, clima impactante, momentos espetaculares – talvez o grande destaque do capítulo seja o personagem Cão de Caça – e uma batalha eficiente e bem-elaborada, mesmo que não grandiloquente, Blackwater não é, ao meu ver, o melhor episódio da série, entretanto é um dos mais bem acabados,emocionantes (em diversos sentidos) e tensos de todos. O que dizer do final carregado de tensão (o que será que aconteceu?) e que abruptamente tem revelado o destino da batalha, quando um personagem de grande destaque desta temporada chega com as boas novas? Fantástico. Pena que agora só nos resta mais um…

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Episódio 1, temporada 2The North Remembers

Episódio 2, temporada 2: The Night Lands

Episódio 3, temporada 2: What is Dead May Never Die

Episódio 4, temporada 2: Garden of Bones

Episódio 5, temporada 2: The Ghosts of Harrenhall

Episódio 6, temporada 2: The Old Gods and the New

Episódio 7, temporada 2: A Man Without Honor

Episódio 8, temporada 2: The Prince of Winterfell

O oitavo episódio de Game of Thrones chegou e com eles algumas grandes mudanças com relação aos fatos ocorridos no livro original, visto que alguns dos eventos apresentados em The Prince of Winterfell são mostrados apenas nos livros posteriores, que não equivaleriam, em teoria, a segunda temporada. Entretanto, os criadores e roteiristas da série, David Benioff e D. B. Weiss amarram as pontas com competência, deixando toda a estrutura natural.

Espécie de prelúdio para o próximo episódio, onde certamente teremos a grande batalha entre Stannis Baratheon e sua armada de navios contra Rei Joffrey em Porto Real, The Prince of Winterfell mais uma vez dá destaque a situação “delicada” de Jon Snow, que apesar da embromação do episódio passado, é melhor explorado aqui. Arya Stark volta a aparecer quase que totalmente como suporte para o ponto de vista do espectador acerca do que acontece em Harrenhal, visto que desde a chegada da menina lá, pouco de ação ela tem tido. Entretanto, dessa vez a garota parece ganhar um certo desenvolvimento em sua rotina como auxiliar de Lorde Tywin Lannister. Já em Porto Real, Tyrion e Cersei Lannister voltam a ter certo destaque, protagonizando um dos melhores diálogos do episódio. Entretanto, talvez o grande destaque deste episódio tenha sido a resolução do que aconteceu com Jaime Lannister e a comprovação de algo que o título do capítulo já entregara.

Melhor acabado e bem mais interessante do que o episódio anterior, este oitavo capítulo deixa quase todos os elementos prontos para a iminente batalha pelo trono de Westeros, preparando terreno e, de certa forma praticamente encerrando os arcos de alguns personagens que provavelmente não terão uma larga importância nos eventos posteriores próximos. Com roteiro a cargo do criador da obra literária, George R. R. Martin e com direção do criativo cineasta inglês Neil Marshall (Abismo do Medo, Centurião), o próximo episódio tem tudo para ser o melhor da temporada.

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Episódio 1, temporada 2The North Remembers

Episódio 2, temporada 2: The Night Lands

Episódio 3, temporada 2: What is Dead May Never Die

Episódio 4, temporada 2: Garden of Bones

Episódio 5, temporada 2: The Ghosts of Harrenhall

Episódio 6, temporada 2: The Old Gods and the New

Episódio 7, temporada 2: A Man Without Honor

O que dizer do começo eletrizante deste episódio? Apesar de escrito por uma mulher (Vanessa Taylor), em The Old Gods and the New não houve sangue poupado, com o caminhar cada vez mais rápido de Theon Greyjoy ao “lado de negro da força”, por assim dizer e a cada vez mais tensa luta pelo trono de Westeros. Deixando um pouco de lado os acontecimentos em Winterfell – mas, falando em violência, o que dizer do ataque ao rei Joffrey e a tentativa de estupro da jovem Samsa Stark? Visceral e tenso -, este sexto episódio da segunda temporada deu um destaque mais acentuado aos dois extremos – tanto geograficamente, quanto no aspecto climático – de Westeros, enfocando com mais cuidado à saga de Jon Snow, que parte junto a Qhorin Meia Mão numa expedição onde acabam por capturar uma selvagem, que devido a displicência de Snow, acaba conseguindo fugir, dando trabalho para o mesmo recapturá-la. Apesar de levemente distante dos acontecimentos da obra original, as mudanças ocorridas aqui não chegam a descaracterizar a obra original, contudo deixam Jon Snow um tanto menos inteligente do que aparentava. Do outro lado, temos a luta da khaleesi Daenerys Targaryen para conseguir navios, com o intuito de retornar aos sete reinos e reconquistar o trono (de acordo com um dos personagens, conquistar, pois o mesmo nunca foi da mesma. Uma sacada brilhante, rechaçada como retórica por Dany). Entretanto, após as infrutíferas negociações, Dany acaba descobrindo que seus filhos dragões foram sequestrados, cena esta que finaliza o episódio com um grande ponto de interrogação, nesta que registra outra das grandes mudanças (leia-se: adaptações) entre a obra literária e a televisiva.

Apesar de não ter tanto destaque, outra personagem que ganhou um espaço interessante foi Arya Stark. Vendo-se acuada, a jovem lobo acaba por solicitar mais uma vez a ajuda do misterioso Jaqen H’ghar, culminando em outra sequência eletrizante, que apesar de bem bolada, também difere bastante dos acontecimento do livro.

Entretanto, apesar dos últimos episódios da segunda temporada de Game of Thrones ter começado a tomar caminhos muitas vezes distintos dos vistos no livro, muitas vezes eliminando personagens e readaptando outros para o lugar daqueles, ou até mesmo criando novas situações dramáticas, apoio tal decisão, até por que quem leu a obra escrita tem a oportunidade de ser surpreendido tanto quanto àqueles que só acompanham a série, dando assim momentos de ineditismo aos fãs da literatura de George R. R. Martin. Sendo assim, apesar de ter aspectos modificados – tanto em ordenamento, quanto em estrutura dos eventos -, a série continua excelente, até por que tais modificações foram executadas com maestria, agregando ao invés de diminuir a obra original.

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Episódio 1, temporada 2The North Remembers

Episódio 2, temporada 2: The Night Lands

Episódio 3, temporada 2: What is Dead May Never Die

Episódio 4, temporada 2: Garden of Bones

Episódio 5. temporada 2: The Ghosts of Harrenhall

E os eventos estão correndo cada vez mais rápido em Game of Thrones. Se o episódio anterior teve o melhor desfecho da temporada até então, The Ghost of Harrenhall é o que possui mais elementos interessantes e, por que não, relevantes a trama de todos até então. Logo nos primeiros minutos temos a morte de um dos personagens principais da trama (talvez um dos mais queridos), além de mais um conjunto de cenas impagáveis entre Tyrion Lannister (Peter Dinklage) e Bronn (Jerome Flynn).

Compacto, elucidativo e, à exceção das ausências de Joffrey e Samsa, dá espaço a cada um dos núcleos de personagens: Dothraki, Winterfell, Norte da Muralha, Ilhas de Ferro e os exilados (Arya e Gendry). Apesar de não ter um desfecho tão impactante quanto o do episódio anterior, este 5º capítulo sedimenta de vez os elementos da cada vez mais inevitável guerra.

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Episódio 1, temporada 2The North Remembers

Episódio 2, temporada 2: The Night Lands

Episódio 3, temporada 2: What is Dead May Never Die

Episódio 4, temporada 2: Garden of Bones

De longe, este quarto episódio  de Game of Thrones, Garden of Bones, é o melhor da segunda temporada. Repleto de conflitos, novos personagens e literalmente a um passo do conflito, neste episódio podemos conferir a chegada da Khaleesi a uma grande cidade murada – não sem estresse e tensão -, o clima pesado entre os irmãos em busca da coroa, Stannis e Renly Baratheon, além das marcantes presenças de lord Baelish (vulgo Mindinho) e Tyrion Lannister, ambos mais uma vez tramando em busca de seus objetivos.

Entretanto, apesar de ser um capítulo equilibrado no que se refere a acontecimentos de impacto, talvez o que mais marque após o término do episódio seja a cena em que o então rei Joffrey “usa” e abusa das meretrizes enviados por seu tio Tyrion, a Mão do Rei, com o objetivo de “entreter” o jovem monarca. Aplicando atos de ódio e violência para com as duas mulheres, Joffrey mostra todo o seu talento para o mal nesta cena forte e violenta.

Entretanto, o grande destaque de Garden of Bones é alcançado no desfecho do episódio, quando observamos a missão de “espionagem” a cargos das duas mãos direitas de Stannis, Melisandre e Davos Seaworth, que revela um misto de magia e horror na cara do espectador. Impactante e de deixar a mente de qualquer um desperta, é apenas neste quarto episódio que a série vê-se livre da obrigação de ambientar o espectador neste universo de personagens e mitologias cada vez maior e investe certeiramente no impacto do enredo sem grandes explicações. Se a ansiedade já se encontrava alta, agora é que ela alcana níveis altíssimos.

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Episódio 1, temporada 2The North Remembers

Episódio 2, temporada 2: The Night Lands

Episódio 3, temporada 2: What is Dead May Never Die

 

E a tensão crescente continua em Game of Thrones. Privilegiando a politicagem em Porto Real (sob o olhar de Tyrion Lannister) e o “choque cultural” entre Jon Snow e o povo “selvagem” além dos limites da muralha, o episódio What is Dead May Never Die promove um bem elaborado avanço para com a trama da série, principalmente ao reapresentar um dos candidatos ao trono, o irmão mais novo de Robert Baratheon, Renly, fechando assim o painel formado por todos aqueles que almejam este.

Mais uma vez a família Greyjoy chega com destaque, em especial através do conturbado relacionamento entre o príncipe Theon e seu pai. Perturbado e inseguro pela falta de respeito e credibilidade, o jovem Greyjoy parece cada vez mais distante de sua missão inicial e, a julgar pela maneira com que destrói a carta que enviaria à Robb Stark, prepara-se para assumir-se traidor, mesmo com a falta de apoio de sua família original que este insiste em adotar como sua.

Outra personagem que surge com destaque – apesar de por pouco tempo – é a jovem Arya Stark (ou seria Arry), que juntamente aos recrutas da Patrulha sofre um sangrento ataque de membros da Guarda Real, tendo um desfecho sangrento e triste, que provavelmente moverá mais uma vez a jovem Stark a um lugar desconhecido. Apesar de não ter uma grande sequência, outro que volta a marcar presença é o “regente” de Winterfell, o jovem Bran Stark e seus curiosos sonhos/pesadelos de lobo.

Com tanto à mostrar, a segunda temporada de Game of Thrones parece cada vez mais apressada, principalmente por ter que, entre capítulos, abdicar de alguns núcleos narrativos – Stannis, Daenerys, por exemplo – para desenvolver melhor os demais abordados. Entretanto, apesar de ser uma solução difícil, a equipe apresenta, pelo menos por enquanto, competência em alternar quem ganha destaque e quem espera por outra oportunidade. Enfim, o que realmente importa é que Game of Thrones continua sem deixar o espectador respirar, finalizando com mais um gancho que nem mesmo ansiedade é capaz de definir.

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Episódio 1, temporada 2The North Remembers

Episódio 2, temporada 2: The Night Lands

Depois do belo episódio introdutório, que se não apresentou nada de espetacular, serviu muito bem como uma espécie de boas-vindas ao fã do seriado, a segunda temporada de Game of Thrones começa a tomar corpo. The Night Lands mostra pelo menos dois lados do cada vez mais delicado jogo dos tronos, com a participação mais do que essencial de Tyrion Lannister (o premiado ator Peter Dinklage) e sua irmã, Cersei Lannister (Lena Headey), como  motores da mobilização em Porto Real rumo ao inevitável conflito contra os irmãos Stannis (Stephen Dillane) e Renly Baratheon (Gethin Anthony), este último ainda sem dar as caras nesta temporada.

Apesar do aquecimento das engrenagens entre Lannisters e Baratheons serem de grande valia, os grandes destaques do episódio são o aumento da participação  – tanto em tela, quanto em interesse demandado pela trama – de Arya Stark (Maisie Williams), que após a breve participação no episódio anterior, aparece mais e com isso revela mais alguns detalhes acerca do universo originalmente concebido por George R. R. Martin e o olhar sobre o reino de origem de Theon Greyjoy (Alfie Allen), onde finalmente podemos conhecer tanto seu lar, quanto seu pai (mesmo que isso não seja assim tão positivo).

Como não podia deixar de ser, o núcleo da muralha continua a ganhar destaque, em especial Jon Snow (Kit Harington), gradativamente evoluindo como provável herói da série. Afora estes, pouco se vê de Daenerys (Emilia Clarke) e os dothraki, muito menos aparecem Robb, Samsa e Caytelyn Stark, tendo mais uma vez uma pequena participação novos personagens que sugerem certa importânica à trama, dentre eles Davos Seaworth (Liam Cunningham) e Melisandre (Carice van Houten), ambos aliados do outro candidato ao trono, Stannis Baratheon.

Com um ritmo mais acelerado – e também interessante – do que o episódio de estreia, The Night Lands fecha com um enigma que desperta grande interesse, em especial por, pelo menos por enquanto, não refletir ao disputado jogo de tronos em andamento. Entretanto, se tivesse que destacar apenas uma coisa, esta seria a presença sempre marcante – e indiretamente cômica – do mercenário Bronn (Jerome Flynn), o até então braço direito de Tyrion Lannister.

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Episódio 1, temporada 2: The North Remembers

Eis que a segunda temporada de Game of Thrones tem início e, para aqueles que estavam um tanto quanto esquecidos dos personagens principais, este é um episódio bastante didático e auto-explicativo, tendo o objetivo principal de situar o espectador na confusão que se tornou o mundo da série após a morte de Ned Stark, a acusação de não “legalidade” do trono do atual rei, Joffrey, e da batalha pelos tronos através de pelo menos quatro outros candidatos ao cargo.

Sem grandes momentos de tensão ou impacto, o episódio “The North Remembers” serve também para apresentar alguns personagens que foram apenas citados na temporada anterior, como o irmão de Robert, Stannis Baratheon (Stephen Dillane) e alguns novos (e possivelmente enigmáticos), como a sacerdotisa da luz, Melisandre (Carice van Houten).

Tecnicamente a série mostra uma evolução tremenda, talvez pelo aumento do orçamento geral para sua produção ou pelo maior tempo que teve para sua produção. Não importa o que, mas sim que as locações são deslumbrantes, em especial as que amientam a caravana Dothraki, as gelerias após a Muralha e a floresta de Winterfell, sem esquecer, é claro, a complexidade e imponência de Porto Real, mesmo que esta tenha sido concebida parte em locação, parte através de efeitos visuais. Falando em efeitos, este seria outro aspecto evolutivo em relação a temporada anterior, alcançando um equilíbrio magistral entre encantamento e realidade, em especial quando utilizado nos retoques das paisagens e na concepção do finalmente mostrado lobo gigante.

Sem momentos de forte emoção – fato comum a série – e com um clima de boas vindas, “The North Remembers” é interessante e desperta curiosidade para os desdobramentos que virão a seguir, em especial devido à urgência provocada por seu encerramento, numa espécie de caça às bruxas que muito lembra a caçada a certa figura histórica muito presente até hoje nas vidas de grande parte da população mundial.


E finalmente é encerrada a primeira temporada da série Game of Thrones. Seu derradeiro episódio, intitulado “Fire and Blood“, não poderia apresentar outra coisa a não ser fogo e sangue, visto que, à exemplo do livro que originou a série, são deixados mais interrogações do que resoluções na intricada e, por que não, sádica trama criado pelo norte-americano George R. R. Martin. Seguindo a mesma linhas dos últimos três episódios, o décimo capítulo prende o expectador na frenta da tela do começo ao fim de sua projeção, já que durante ele visualizamos de camarote o posicionamento de todos os personagens-chave à trama (até agora, pelo menos) para a temporada que virá ano que vem. Decisões são tomadas e o combate é iminente, tanto para os Lannister e os Stark, Tully e Baratheon, quanto entre os membros da Patrulha da Noite e os sinistros errantes que “assombram” a muralha. Estes são os ganchos principais à próxima temporada, contudo diversos outros elementos são plantados, como o êxodo forçado da pequena Arya após a decapitação de seu pai, a “responsabilidade” conseguida por Tyrion Lannister (Peter Dinklage), indicado Mão do Rei, além de uma das “cenas” mais inusitadas (no sentido descritivo, já que quanto à narrativa dava para ficar desconfiado de que algo do gênero aconteceria) do livro, que infelizemente perde um pouco do sentido de surpresa na série, tanto pelo fato da falta de impacto da cena (culpa dos roteiristas? Da direção?), quanto do uso não convincente dos efeitos-visuais (quanto a isso não digo que a cena está visualmente mal feita, contudo a mesma não causou o impacto esperado). Estou me referindo ao ritual pelo qual a personagem Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) passa após a “morte” de seu esposo Drogo (Jason Momoa).

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) em momento de epifania.

Emoção, ação, dúvida e tristeza não faltam a série Game of Thrones e, seu episódio derradeiro ratifica mais uma vez todo o conceito proposto pela série, “finalizando” a temporada com mérito, deixando em sua conclusão um gosto de que algo está faltando, no entanto este gosto só será saciado no próximo ano, quando este grande épico retornará à grade daprogamação da HBO. É válido informar que esta season finale (assim é chamado o episódio que fecha a temporada nos Estados Unidos) foi a de maior audiência de toda a série, alcançando pouco mais de 3 milhões de telespectadores apenas no seu país de origem, além de que a nova temporada já está sendo filmada. Sendo assim, me despeço deste espaço por enquanto, voltando apenas quando a 2ª temporada estrear no por enquanto longínquo 2012. Tomara que o mundo não acabe até lá…

Lady Catelyn Stark (Michelle Fairley) e seu filho Robb (Richard Madden) em um decisivo momento de dor.

Se você ainda não leu os reviews dos episódios anteriores de Game of Thrones, confira através dos links abaixo:

Episódio 1 – The Winter is Coming

Episódio 2 – The Kingsroad

Episódio 3 – Lord Snow

Episódio 4 – Cripples, Bastards and Broken Things

Episódio 5 – The Wolf and the Lion

Episódio 6 – A Golden Crown

Episódio 7 – You Win or You Die

Episódio 8 – The Pointy End

Episódio 9 – Baelor