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Haja coração! O penúltimo episódio de Game of Thrones (pelo menos da primeira temporada) é de tirar o fôlego. Funciona como uma espécie de resumo de toda a série até então, apresentando batalhas, intriga, diálogos fortes, atuações afiadas e certo misticismo.  Se nos últimos dois episódios já estava óbvio que um período negro estava para começar, durante toda a projeção de “Baelor” este sentimento fica bastante claro e, com o impactante encerramento do mesmo, sem chances para qualquer dúvida: a guerra perdurará.

Uma das cenas mais chocantes da série: a sentença de Ned Stark (Sean Bean)

Este episódio elimina alguns trechos que foram desenvolvidos com mais destaque na obra literária original. Contudo, consegue condensar toda a essência desses momentos de maneira ímpar. Alguns pontos que foram ignorados durante a série voltam à tona neste capítulo, como a exposição de uma tragédia no passado de Tyrion (Peter Dinklage), por exemplo.

Uma ressalva deve ser feita. Depois dos primeiros capítulos da série apresentar em sua estrutura um equilíbrio quase que perfeito na transição dos diversos núcleos de personagens da trama, nos últimos dois episódios isto foi ligeiramente abandonado. Entretanto, de maneira alguma isto resultou como demérito a séria, pois é justamente devido esta imprevisibilidade narrativa  que o espectador consegue compreender melhor a urgência pela qual os personagens de Game of Thrones estão passando, resplandecendo assim  os sentimentos  de angústia e dúvida destes personagens.

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) no leito de morte do então catatônico Khal Drogo (Jason Momoa).

Apesar de praticamente perfeito em sua totalidade, dois pontos merecem destaque neste capítulo. Em primeiro lugar a brilhante solução encontrada pelos roteiristas (também produtores) David Benioff e D.B. Weiss para não mostrar a sangrenta batalha entre os exércitos de Tywin Lannister (Charles Dance) e Robb Stark (Richard Madden), utilizando do apagão de Tyrion (que recebeu uma pancada antes do início desta batalha) como recurso narrativo, visto que naquele momento estávamos acompanhando a situação pelo seu ponto de vista. Brilhante e inesperado, além de fazer jus à obra original (no livro de George R.R. Martin a batalha também não é descrita, apenas citada). O outro momento que destaco é o encerramento, já que desde o tenso e emocionante final do clássico filme Coração Valente não me sentia tão tocado pela morte de um personagem heróico e querido. Transição de cenas perfeita. Quase que total extinção da trilha sonora no momento de clímax. Encerramento com o vôo dos corvos. Em resumo, uma cena conduzida de forma poética, mas com um imenso poder de impacto ao espectador.

Com certeza há muito mais que falar, discutir, criticar e comentar acerca deste penúltimo episódio de Game of Thrones, contudo deixo isto para vocês. Por enquanto fico aqui na espera do encerramento da série, que acontecerá na próxima semana. Nunca estive tão ansioso para o encerramento de um produto seriado tanto quanto estou agora. E essa semana que não passa… até a próxima segunda, com o último post sobre a série Game of Thrones (pelo menos dessa primeira temporada).

Se você ainda não leu os reviews dos episódios anteriores de Game of Thrones, confira através dos links abaixo:

Episódio 1 – The Winter is Coming

Episódio 2 – The Kingsroad

Episódio 3 – Lord Snow

Episódio 4 – Cripples, Bastards and Broken Things

Episódio 5 – The Wolf and the Lion

Episódio 6 – A Golden Crown

Episódio 7 – You Win or You Die

Episódio 8 – The Pointy End

Quando você pensa que o ápice da “cafajestice” e da traição já havia chegado, eis que Game of Thrones “surpreende” novamente e nos mostra o quanto o ser humano pode ser capaz  de realizar os atos mais discutíveis se deseja aquilo que, propositalmente ou não é inerente a ele: o poder (independentemente de qual seja). “You Win or You Die” tem início destacando o personagem Lorde Peter Baelish, vulgo Mindinho (Aidan Gillen), apresentando finalmente de forma mais enfática parte de sua personalidade e, principalmente, de suas motivações (conhecemos um aspecto importante do personagem através de uma visita ao seu passado). Mais um personagem complexo finalmente aparece em sua totalidade para o espectador da série.

Outro personagem que volta a ter destaque e até surpreende pela sua presença é o enigmático (pela performance e maquiagem do ator Jason Momoa) Khal Drogo, que finalmente mostra toda a sua ferocidade e poder de convencimento, deixando claro tanto o poder que exerce “politicamente” sobre seu povo, quanto sua força como guerreiro. E Momoa compõe com qualidade o personagem (talvez a má impressão para com o intérprete do novo filme do Conan mude a partir de agora).

Cersei Lannister (Lena Headey) e Ned Stark (Sean Bean)

Por fim, vale destacar um recurso narrativo que volta a série, a utilização de alguns personagens (como o Mindinho e o núcleo da muralha, formado pelos personagens da Patrulha da Noite, por exemplo) de maneira a explicar certos eventos do passado e do presente do reino de Westeros, tendo assim um largo foco no didatismo. Entretanto, ele nunca soa gratuito, servindo aos não iniciados no universo (leia-se aqueles que são entusiastas apenas da série, portanto não leram a obra literária) sem forçar a barra e incomodar o fã do universo criado por George R. R. Martin.

Faltam agora apenas três episódios para o encerramento desta intrigante e deslumbrante série.

Se você ainda não leu os reviews dos episódios anteriores de Game of Thrones, confira através dos links abaixo:

Episódio 1 – The Winter is Coming

Episódio 2 – The Kingsroad

Episódio 3 – Lord Snow

Episódio 4 – Cripples, Bastards and Broken Things

Episódio 5 – The Wolf and the Lion

Episódio 6 – A Golden Crown

Sentimento de urgência à toda na série Game of Thrones. Dando proseguimento ao clima tenso e sanguinário do episódio anterior, “A Golden Crown” mostra de uma vez por todas o inevitável: haverá guerra. A discussão parece ter chegado ao limite e o confronto agora é iminente. A cisão entre as casas em Porto Real é clara, sendo o embate entre Ned Stark (Sean Bean) e Jamie Lannister (Nikolaj Coster-Waldau) no episódio anterior, juntamente a captura de Tyrion Lannister (Peter Dinklage) e sua prisão no Ninho da Águia, ações que mudaram de vez a disposição das peças deste intricado tabuleiro entre povos sedentos por poder. O núcleo dothraki também retorna neste sexto capítulo, tendo grande destaque neste episódio, finalizando-o com bastante impacto e com um toque surreal. Sem querer entregar muito, um personagem que buscava uma coroa acima de qualquer coisa acaba por recebê-la de forma trágica, resultando numa cena tensa e violenta, que reflete o caráter seco e “realístico” do seriado.

Da mesma forma que inicia, o sexto episódio de Game of Thrones deixa o expectador completamente surtado, imaginando o que virá depois. Em resumo, um episódio que claramente reflete o conceito de que para cada ação existe uma reação e de que para cada ato há uma conseqüencia. Que venha o sétimo!

Se você ainda não leu os reviews dos episódios anteriores de Game of Thrones, confira através dos links abaixo:

Episódio 1 – The Winter is Coming

Episódio 2 – The Kingsroad

Episódio 3 – Lord Snow

Episódio 4 – Cripples, Bastards and Broken Things

Episódio 5 – The Wolf and the Lion

E a série Game of Thrones continua excelente. O quarto episódio é dedicado quase que exclusivamente aos “rejeitados” de Westeros (como o próprio título sugere: “Aleijados, Bastardos e Coisas Quebradas). Tendo seu foco principal no núcleo da muralha (onde acompanhamos a jornada de Jon Snow), somos apresentados a um novo personagem: o desastrado e fora de forma Sam, que serve como escada para que conheçamos um pouco do que significa ser um filho bastardo neste universo de Westeros.

Sam e Jon Snow

“Cripples, Bastards and Broken Things” é talvez o mais didático dos episódios da série até então. Aproveita diversos pontos da trama para “explicar” ao espectador alguns fatos acerca do passado desse reino, inclusive aludindo pela primeira vez de forma mais clara o passado do mesmo, durante o reinado dos Targaryen – antes da conquista do trono por Robert Baratheon, atual rei -, conhecemos também um pouco da infância de Viserys, da extinção dos dragões e, como já citado, da alcunha de bastardo de Jon Snow.

Tyrion Lannister

O episódio é dividido entre os núcleos da muralha e da capital (onde finalmente começa o torneio da Mão), com direito a um “sutil” confronto entre a rainha e Ned Stark. Dessa vez os dothraki são deixados um pouco de lado (nada de Khal Drogo) e cada vez mais o clima de suspeita e conspiração aflora na série. Um episódio com menos “ação” – apesar do combate no torneio –, mas que constrói de forma criativa elementos do passado que poderão ter grande influência no presente e futuro dos personagens que acompanhamos. Em resumo, “Cripples, Bastards and Broken Things” tem todo um clima de thriller.

Se você ainda não leu os reviews dos episódios anteriores de Game of Thrones, confira através dos links abaixo:

Episódio 1 – The Winter is Coming

Episódio 2 – The Kingsroad

Episódio 3 – Lord Snow

E a série Game of Thrones continua num ritmo no mínimo interessante. Este terceiro episódio já começa a abraçar com mais naturalidade o contexto político da obra de George R. R. Martin. Finalmente nos é mostrado Kingsland (a capital dos sete reinos) e, junto a ela, diversos novos (e interessantes) personagens, sugerindo assim que a posição de Mão do Rei, herdada por Ned Stark (Sean Bean) não será assim tão agradável.

A transposição entre os núcleos de personagens continua afiada, contudo neste capítulo, além de nos ser mostrada a capital real pela primeira vez, nos é apresentada a muralha (vista rapidamente no episódio piloto) que divide Westeros da Floresta Negra. Nela, acompanhamos o início do processo de adaptação de Jon Snow, filho bastardo de Stark, sendo que o que mais chama a atenção neste lugar é o ambiente em si que, juntamente ao clima inóspito (e olha que o inverno ainda não chegou) e como ele molda aqueles que vivem lá. Em compensação, o núcleo dos dothtraki é um tanto quanto desprivilegiado neste capítulo, contudo sem deixar de chamar a atenção nos breves momentos em que é focado.

Contudo, se tivesse que destacar apenas um momento de todo o episódio, com certeza este seria o encerramento. A mudança na expressão de Ned Stark, que a princípio exibia um misto de orgulho e felicidade ao acompanhar o treinamento de espada da filha Arya e em questão de segundos vai se fechando e demonstrando preocupação, angústia e medo. Isso junto ao som de aço ao fundo, como que de uma batalha. Esta expressão dúbia é de uma profundidade absurda, já que através desta angústia apresentada por Stark podemos ter uma idéia do que o mesmo quer nos passar quando pontualmente comenta: o inverno está chegando.

Se você ainda não leu os reviews dos episódios anteriores de Game of Thrones, confira através dos links abaixo:

Episódio 01 – The Winter is Coming

Episódio 02 – The Kingsroad

Semanalmente publicarei minhas :: Impressões :: sobre cada capítulo da série Game of Thrones, conforme esta seja exibida pela HBO Brasil. Segue abaixo o texto sobre o episódio piloto. Boa leitura (e comentem)!

Podendo ser traduzido livremente como “O Inverno Está Chegando”, este primeiro episódio da série Game of Thrones é sublime. Raramente vi uma adaptação, independente da mídia, ser tão equilibrada entre fidelidade a obra original e apresentar liberdade poética em sua estrutura. E este episódio piloto da série consegue isso com sobras. Dos diálogos muito bem encaixados e fiéis ao livro em que a série se baseia, ao design que transporta o espectador de imediato a este universo “medialesco” e, por que não, sombrio, “The Winter is Coming” beira a perfeição: atuações brilhantes que transparecem toda a essência dos personagens (que já eram bastante tridimensionais na obra escrita) e um ritmo, se não ágil, bastante tenso e interessante, focando dezenas de personagens com um ótimo senso de tempo dedicado a cada um deles, sendo que obviamente a série nos mantém mais tempo em Winterfell, visto que o expectador necessita de um ponto de vista direcionado para compreender melhor a obra, além de imergir de maneira mais direta nesta.

A transição dos núcleos de personagens deste episódio foi um dos diferenciais que contribuíram para o êxito do mesmo, visto que  a transposição de um núcleo para outro nunca soa forçada. Outro aspecto positivo encontra-se na competente estrutura do roteiro, que condensa alguns capítulos da obra escrita em pouco mais de uma hora de projeção (passa num piscar de olhos), reestruturando de forma diferente a do livro. Este nos mostra o ponto de vista de diversos personagens deste universo a cada capítulo, já a série nos apresenta uma aglomeração destes pontos de vista sob o olhar de uma espécie de narrador onipresente, que não necessariamente um personagem da história.

Um início fantástico para esta série que contará com 10 episódios (pelo menos sua primeira temporada). Infelizmente, a estréia nos Estados Unidos decepcionou um pouco os produtores, visto que a audiência esperada foi abaixo das expectativas (pouco mais de 1,5 milhão de pessoas conferiram Game of Thrones), não conseguindo assim superar a maior audiência de um seriado do canal em estréias, que aconteceu ano passado com Boardwalk Empire (por sinal, outra excelente série). Contudo, isto não é demérito nenhum para Game of Thrones, que se mostra (por enquanto) um excelente produto. Fica aqui então a ansiedade para o próximo capítulo, que será exibido neste próximo domingo.