Arquivo da categoria ‘Em DVD/Bluray’

:: Literatura ::

Apesar de um fenômeno recente, a badalada rede social Facebook já tem inúmeros livros que traçam seu perfil tanto como empresa de sucesso, quanto como história dramática. Dentre estes títulos um ganha destaque por ter inspirado um filme que abraça o tema, da criação do site as enroladas histórias por trás deste fenômeno midiático. Escrito por Ben Mezrich e intitulado por aqui como Bilionários por Acaso: A Criação do Facebook (Editora Intrínseca), o livro resume a razão da criação do Facebook simplesmente como uma busca de dois nerds por aceitação perante o público feminino, ou, como frisado pelo livro, uma busca por transas com garotas bonitas. Abordando momentos pontuais da parceria e amizade entre o criador da rede social, Mark Zuckerberg e o c0-criador e financiador do projeto, o brasileiro Eduardo Saverin, Bilionários por Acaso: A Criação do Facebook é um raro livro que mistura romance à relatos jornalísticos (o conteúdo deste foi obtido através de várias entrevistas com pessoas envolvidas no processo, inclusive Saverin), transformando os depoimentos colhidos em prosa literária com uma roupagem bastante dinâmica, que desperta interesse imediato no leitor, mesmo que  este possua uma narrativa fragmentada, que intercala longos intervalos de tempo entre cada capítulo. Enfim, apesar da condensação de eventos sofrer perda de informações devido a esses buracos temporais em sua narrativa, o contexto nunca deixa de ser inteligível e o leitor pode acompanhar a trejetória da dupla e demais personas de grande relevância da trama, sem grandes perdas. Um livro curto, dinâmico e bem-escrito, sem grandes pretenções, mas competente em sua proposta, tanto que despertou interesse em Hollywood e teve seus direitos negociados para uma adaptação cinematográfica, que viria a ser roteirizada por Aaron Sorkin (série The West Wing) e dirigida por David Fincher (Clube da Luta, O Curioso Caso de Benjamin Button) e lançada no ano de 2010.

:: Cinema ::

Indicada a diversos prêmios, dentre eles o Oscar, no qual concorreu nas principais categorias, dentre elas melhor filme e melhor diretor, A Rede Social (The Social Network) é um dos filmes em que nota-se realmente que sua fonte base foi utilizada, visto que, apesar da estruturação diferenciada – os eventos descritos no livro são pontuados através das cenas das ações judiciais entre Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin e Zuckerberg e os irmãos Winkervoss – tem quase todos os momentos apontados por Ben Mezrich apresentados ou citados. Alguns pontos sofrem inversão ou são apenas encaixados em momentos diferentes, com o propósito de dinamizar ainda mais a narrativa, mas sem deixar de transparecer a essência apresentada na obra literária, que é a dicotomia entre negócios e amizades, na disputa entre poder e dinheiro e honra e companheirismo. Muito mais do que reflexão das fragilidades do homem moderno e da hipocrisia social, A Rede Social é um retrato perfeito de parte da juventude 2.0, com todo o seu ímpeto e arrogânica, seu desapego as tradições analógicas, seu preciosismo e pretenciosidade quanto à inteligência, mesmo quando a solução final apresenta-se tão vazia e insolúvel, enfim, sua ambição cega sob um chão sem vigas de sustentação, onde poucos alcançam o sucesso, seja comercial (vide Zuckerberg), seja moral (Saverin) ou ambos. A Rede Social é um retrato compacto e dinâmico de nossa atualidade, que conta com um primoroso trabalho do elenco comandado pelo sempre seguro David Fincher, com destaque óbvio para as performances de Jesse Eisenberg (Zumbilândia) e Andrew Garfield (O Imaginário Mundo de Doutor Parnassus), respectivamente vivendo Zuckerberg e Saverin, além da notável presença do antes cantor e dançarino Justin Timberlake, como o criador do Napster e um dos semeadores da discórdia, de acordo com o Saverin das obras cinematográfica e literária, Sean Parker.

Mark Zuckerberg e Jesse Eisengerb.

:: Resultado ::

Tanto o livro Bilionários por Acaso quanto o filme A Rede Social são bons trabalhos em suas respectivas mídias, sendo principalmente dinâmicos e envolventes a seu modo, complementando-se assim de maneira bastante orgânica e interessante. Entretanto, apesar de nenhuma destas serem obras incríveis e inovadoras – apesar de muitos apontarem o livro como “enfadonho” e o filme como “revolucionário” -, tanto Bilionários quanto Rede Social são entretenimento pop de grande qualidade, sem grandes pretenções a mudanças paradigmáticas ao algo do gênero, tendo como grandes objetivos informar e, principalmente, entreter. Sendo assim, apesar do equilíbrio das obras nestes quesitos, devo apontar A Rede Social como objeto mais interessante e envolvente, talvez por transportar aquele universo que nas páginas do livro perdiam um pouco do referencial por não traduzir-se em imagens como o filme, visto que todas as personagens demonstradas “existem” no mundo real, forçando assim ao leitor tentar ao máximo imaginar aquelas figuras apresentadas da mesma maneira que estas são de verdade, aspecto que o filme apresenta com maior eficácia, sem deixar de destacar, é claro, que com mais facilidade, pela própria dinâmica da matriz do cinema, a imagem.

Em suma, apesar do filme ser levemente superior, Bilionários por Acaso é um livro interessante e que deve ser lido, principalmente por aqueles que como eu gostaram de sua livre adaptação cinematográfica, por que através dele assimilarão alguns aspetcos que, pela dinâmica própria do cinema, foram limados ou condensados no filme, reiterando assim o caráter complementar de ambas as obras.

:: Links ::

Biografia de Ben Mezrich: Wikipédia

Biografia de Mark Zuckerberg: Wikipédia

Biografia de Eduardo Saverin: Wikipédia

Ficha do IMDbBen Mezrich (autor do livro Bilionários por Acaso: A Criação do Facebook)

Ficha do IMDb: The Social Network

Ficha do IMDb: David Fincher (diretor do filme A Rede Social)

Ficha do IMDb: Aaron Sorkin (autor do roteiro adpatado do filme A Rede Social)

Ficha do IMDb: Jesse Eisenberg (intérprete de Mark Zuckerberg no filme A Rede Social)

Ficha do IMDb: Andrew Garfield (intérprete de Eduardo Saverin no filme A Rede Social)

:: Sinopses ::

Inimigos Públicos: o CEO da LexCorp, Lex Luthor, é eleito Presidente dos Estados Unidos durante uma crise econômica. Luthor se torna popular com a recuperação do país e consegue que vários super-heróis colaborem com ele: Capitão Átomo, Estelar, Katana, Raio Negro, Poderosa e Major Força. Contudo, Superman e Batman não confiam em Luthor.

O governo americano descobre que um grande meteoro de Kriptonita está em rota de colisão com a Terra. Luthor acha que consegue deter a ameaça sozinho e impede que outros heróis interfiram, mas Batman e Superman realizam seus próprios esforços para deterem a ameaça. Lex finge tentar um acordo com Superman, mas o herói acaba tendo que enfrentar o guarda-costas presidencial ciborgue chamado Metallo, que possui no lugar do coração uma pedra de Kriptonita. Depois de uma luta devastadora, Superman é salvo por Batman mas Metallo aparece morto e Lex acusa Superman de ser o assassino. Ele alega em público que a proximidade do meteoro estaria afetando o equilíbrio mental do herói. E logo a seguir estipula um prêmio de 1 bilhão de dólares para quem capturar o Superman e Batman, a quem Luthor acusa de ser o Parceiro de Crime do Homem de Aço.

Vários vilões tentam derrotar Superman e Batman, e depois os heróis que apoiam Luthor também buscam aprisionar a dupla (exceto Poderosa, que é a única da equipe do presidente que sabe da verdade e pretende ajudar a dupla). Porém, quando a tentativa de Luthor de parar o meteoro falha, várias pessoas começam a duvidar da capacidade do presidente. Para Batman e Superman só resta pedir ajuda ao Homem dos Brinquedos, que possui uma nave preparada para explodir o meteoro.

Fonte: Wikipédia Brasil.

Apocalypse (2010): Quando uma nave cai na baía de Gotham, Batman e Superman descobrem uma kryptoniana com poderes iguais aos do campeão de Metrópolis, logo revelada como  Kara, prima de Superman, que a acolhe para ensinar os costumes terrestres. É quando o vilão Darkseid, acreditando que descobriu um modo de derrotar  Superman, rapta e domina a mente de Kara, usando-a em seusw propósitos. Depende agora de Batman e Superman salvar Kara, mas para isso, terão de encarar Darkseid dentro de seu mundo hostil, aonde desconhecidas e e teríveis ameaças espreitam emcada esquina, incluindo uma kriptoniana controlada mentalmente capaz de encarar o homem de aço de frente.

Fonte: Blog Casa do Cinema.

:: Impressões ::

Em suma essas adpatações de dois arcos contínuos de histórias em quadrinhos são bacanas, pois além de manterem a essência das obras originais, num rompante de “ousadia” e competência conseguem, ao meu ver, tornar o enredo de ambas mais coesas e divertidas do que as obras matrizes. Enquanto o primeiro, Inimigos Públicos, tem seu roteiro a cargo de Stan Berkowitz, que consegue manter o nonsense da obra original e deixá-la compreensível para todos os públcios (leia-se aqueles que leram ou não a obra base em quadrinhos), além de quase toda a porradaria imposta no roteiro original de Jeph Loeb (Superman: As Quatro Estações, Batman: O Longo Dia das Bruxas). Já Apocalypse teve sua adaptção a cargo de Tab Murphy, que também mostra competência em seu trabalho, tendo apenas como falha a irregularidade no ritmo da história (junto ao montador da animação, óbvio), que soa monótona em alguns pontos. Entretanto, por possuir cerca de 11 minutos a mais em sua metragem em comparação a animação anterior, este é um ponto justificável.

Em suma, tanto Inimigos Públicos quanto Apocalypse são dois bons exemplares desse novo direcionamento da DC Universe Animated, apostando agora na adpatção de grandes (ou não) histórias dos quadrinhos em longas lançados diretamente em home-video (Blu-ray e DVD), visto que são cheios de ação e contam uma história que, apesar do grande potencial, não decepcionam ao focar quase que exclusivamente na “porradaria” e frases de efeito – não há como culpar o pessoal responsável pela animação, pois mantiveram essas histórias fiéis as obras originais. É importante ainda destacar que o trabalho da divisão de animação do catálogo de personagens da DC Comics (uma das maiores editoras norte-americana de histórias em quadrinhos) ainda continua a cargo de Bruce Timm, um dos cabeças por trás de grandes e premiadas séries de animação, como Batman – The Animated Series, Superman – The Animated Series, Justice League e Justice League Unlimited, dentre outras, além de todos os filmes em animação com a marca DC lançados durante este período, ou seja, expertise não falta a equipe criativa e de produção das animações DC. Enfim, essas animações, apesar de não serem excelentes, são divertidas e bem realizadas e as indico principalmente aos mais jovens entusiastas de histórias em quadrinhos ou fãs do Batman e/ou Superman.

Como último destaque, friso o trabalho da diretora de vozes das animações, a veterana Andrea Romano (desde o começo junto a Bruce Timm), que trouxe de volta aos papéis de Batman, Superman e Lex Luthor os mais clássicos dubladores dos mesmos, Kevin Conroy, Tim Daly e Clancy Brown, respectivamente, conferindo assim uma identidade maior a estas animações perante seu público de interesse, em particular seus fãs e entusiastas. Por fim, mas não menos importante, também destaco o excelente trabalho da edição de dublagem brasileira, a cargo da Cine Video (que está por trás da dublagem das animações DC desde a série de TV da Liga da Justiça), que também trouxe as vozes brasileiras dos personagens, com destaque as presenças de Guillherme Briggs, como Superman e Mário Seixas, como Batman, ambos mais uma vez realizando um excelente trabalho, com uma aura de carinho e amor a estes personagens. Confiram!

Tanto Superman/Batman: Inimigos Públicos, quanto Superman/Batman: Apocalypse já estão disponíveis em DVD no Brasil, sendo a edição da primeira a única dentre os lançamentos da Warner/DCU Animation disponível em versão dupla (ou seja, com dois discos, um com o filme, outro com material extra) no Brasil. Uma pena, pois Apocalypse saiu nos Estados Unidos também com dois discos, enquanto por aqui a edição é simples e com extras que não contemplam o próprio filme, já que apresentam documentários acerca de outros títulos lançados pela Warner/DCU Animation, o que não deixa de ser estranho.

:: Trailers ::

* Superman/Batman: Inimigos Públicos (2009)

Sem Legendas.

* Superman/Batman: Apocalypse (2010)

Sem Legendas.

I

1. Arte da HQ Inimigos Públicos (arte de Ed McGuinness). 2. Arte da HQ Apocalypse (arte de Michael Turner).

:: Sinopse ::

Um desastre atinge uma nave espacial, fazendo com que seus quatro tripulantes sofram modificações em seu organismo de forma a ganharem poderes especiais. Reed Richards (Ioan Gruffudd), o líder do grupo, passa a ter a capacidade de esticar seu corpo feito borracha. Sue Storm (Jessica Alba), sua ex-namorada, ganha poderes que a permitem ficar invisível e criar campos de força. Johnny Storm (Chris Evans), irmão de Sue, pode aumentar o calor do seu corpo, enquanto que Ben Grimm (Michael Chiklis) tem seu corpo transformado em pedra e ganha uma força sobre-humana. Ao retornar à Terra após o acidente logo os novos poderes começam a se manifestar, fazendo com que todos tenham que se adaptar a eles e também à condição de celebridades que os poderes lhes trazem.

:: Impressões ::

A palavra descartável poderia descrever esta “nova” versão do filme Quarteto Fantástico, originalmente lançado no agora longíquo ano de 2005. Descartável, principalmente, por em seus cercas de vinte minutos a mais de projeção (em comparação a edição do filme original) não acrescentam quase nada à trama. Alguns easter-egs estão presentes, porém estes só serão identificados pelos entusiastas dos quadrinhos do Quarteto, visto que as referências ao Mestre dos Brinquedos e as bugigangas do Sr. Fantástico (Ioan Gruffud, de Rei Arthur) são apenas alegóricas a trama, portanto completamente dispensáveis (tanto que foram limadas da edição exibida nos cinemas). Também são exibidos algumas cenas com apelo cômico, principalmente durante a descoberta dos poderes por parte dos membros do Quarteto Fantástico. Temos uma cena estendida entre o Sr. Fantástico e a Mulher Invisível (Jessica Alba, de Sin City), mais cenas de besteirol do Tocha Humana (Chris Evans, de Sunshine – Alerta Solar), além de uma boa estensão da sequencia em que Victor Von Doom (Julian McMahon, da série Nip/Tuck) procurar manipular os heróis, fazendo com que o Tocha siga cada vez mais o caminho da auto-promoção (daí a ideia do brinquedo do Coisa, que na versão norma não é apresenrada), além da tentativa de manipular o Coisa (Michael Chiklis, da série The Shield) a afastar-se de seus companheiros, principalmente do Sr. Fantástico, amigo de velha data. Contudo, esta é um raro acréscimo a obra que realmente faz sentido estar presente, em meio a diversas outras cenas que não mostram a que vieram – na verdade foram postas no filme apenas para fazer com que os fãs da obra adquirissem outro DVD.

A adição da maioria dessas cenas é tão descartável e algumas vezes ridículas que, em um momento em que a Mulher Invisível e o Sr. Fantástico estão conversando – num clima daqueles de aproximação amorosa – é jogado no rosto deste um efeito tosco parodiando o personagem Wolverine (dos filmes X-Men), que, além de não ter relação nenhuma com o filme presente, ainda é descaradamente horrível visualmente (o efeito parece ter sido feito no paintbrush!). Não dá para entender por que tal cena foi posta na edição do filme (a mesma não serve nem como “erro de gravação” nos extras do filme).

Sendo assim, são mais pontos negativos do que positivos que esta versão estendida de Quarteto Fantástico apresenta. Se o filme original já não era lá esse primor de produto, esta versão turbinada consegue piorar tudo, soando realmente descartável e inútil. Ao contrário da versão estendida de outro filme da dobradinha Marvel/20th Century Fox, Demolidor – O Homem Sem Medo – que ganhou uma versão ampliada interessante e que realmente acrescenta ao filme, tendo esta ficado melhor, mais completa e mais interessante que a versão exibida nos cinemas -, Quarteto Fantástico é um engodo, uma estratégia furada – no sentido qualitativo, visto que a mesma deve ter sido eficiente em conquistar os fãs do filme, já que este produto foi disponibilizado às vésperas do lançamento da seqüência do filme, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado – no sentido ético, porém aparentemente eficiente no âmibito mercadológico. Para completar, o filme possui como material extra um featurette inútul que aborda o personagem Surfista Prateado, que só aparecerá no segundo filme. Dá para entender? Esta versão nem um fanático pelo filme original poderá curtir!

Elenco: Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans, Michael Chiklis, Julian McMahon e Kerry Washington.

:: Ficha Técnica ::

Título original: Fantastic Four

Gênero: Aventura

Duração: 126 min.

Ano de lançamento: 2005

Site oficial: http://www.fantasticfourmovie.com/

Estúdio: 20th Century Fox / Marvel Enterprises / 1492 Pictures / Constantin Film Produktion GmbH

Direção: Tim Story

Roteiro: Michael France e Mark Frost, baseado nos personagens criados por Jack Kirby e Stan Lee

Produção: Avi Arad, Michael Barnathan, Chris Columbus, Bernd Eichinger e Ralph Winter

Música: John Ottman

Fotografia: Oliver Wood

Direção de arte: Shepherd Frankel e Don Macaulay

Figurino: Jose Fernandez e Wendy Partridge

Edição: William Hoy

Efeitos especiais: Giant Killer Robots / Spectral Motion Inc. / Soho VFX / Hydraulx

:: Trailer ::

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema

Histórico nas Bilheterias: The-Numbers

:: Sinopse ::

Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um sedutor incorrigível do tipo que perde a conta do número de mulheres com quem já transou. Após ser demitido do cargo de vendedor em uma loja de eletrodomésticos, por ter seduzido uma das funcionárias, ele passa a trabalhar num grande laboratório da indústria farmacêutica. Como representante comercial, sua função é abordar médicos e convencê-los a prescrever os produtos da empresa para os pacientes. Em uma dessas visitas, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem de 26 anos que sofre de mal de Parkinson. Inicialmente, Jamie fica atraído pela beleza física e por ter sido dispensado por ela, mas aos poucos descobre que existe algo mais forte. Maggie, por sua vez, também sente o mesmo, mas não quer levar adiante por causa de sua doença.

:: Impressões ::

Pode ser que seja o momento pelo qual estou passando, mas fui pego de surpresa pelo filme Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs, no original). A crítica especializada ficou bastante dividida quanto à recepção ao filme e, como sempre gosto de me atualizar sobre os lançamentos cinematográficos que virão, fiquei com a pulga atrás da orelha, principalmente por um fator: o filme tem como conceito a guerra da indústria farmaceutica nos Estados Unidos (em especial os laboratórios – ou mega-corporações  – Pfizer e Lilly, tendo foco narrativo o primeiro), completada pelo drama vivido entre um jovem representante farmacêutico da Pfizer (Jake Gyllenhaal, de Donnie Darko) e sua “namorada” (Anne Hathaway, de Alice no País das Maravilhas) que sofre de parkinson. Sendo assim, acreditava que o filme se esforçaria mais em trabalhar o relacionamento um tanto quanto disfuncional do casal do que no desenvolvimento da crítica ao corporativismo cego da indústria de drogas “medicinais” (conceito um tanto quanto complexo). Portanto, me encontarava previamente com receio quanto ao filme (julgando que a inversão de prioridades, nesse caso, prejudicaria a obra como um todo). E não é que, após conferir Sexo e Outras Drogas fiquei com um sentimento completamente inverso quanto ao imaginado anteriormente.

Dirigido pelo competente (e chegado a filmes épicos e românticos) Edward Zwick – são dele filmes como Tempo de Glória, Lendas da Paixão e O Último Samurai, por exemplo), Amor e Outras Drogas comove principalmente pela capacidade da dupla central de atores (Gyllenhaal, tendo uma das melhores performances de sua carreira e Hathaway, que transparece doçura e sensibilidade, tal como já tinha mostrado anteriormente no excelente filme O Casamento de Rachel, de Jonnathan Demme) em amplificar as emoções já inseridas no roteiro do longa. É importante frisar que Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway foram indicados a categorias de melhor ator e atriz, respectivamente, ao Globo de Ouro por estas interpretações.

Voltando ao mote, o dilema enfrentado pelo casal (no qual, de uma forma ou de outra fez com que eu me identificasse – mesmo que não literalmente – com as possibilidades, os erros e acertos durante a conturbada relação do casal) realmente transforma-se no mote central do filme, contudo sem excluir a importânica da crítica a indústria farmacêutica, que ainda continua sendo pontuada com relativo destaque pelo experiente Zwick, além do nascimento do medicamento Viagra (outro ponto abraçado pelo longa).

Realmente é muito bom ser surpreendido positivamente por algo (e extremamente raro, creio eu). E a surpresa que Amor e Outras Drogas me causou foi imensa. Com tudo dito acima não quero dizer que este filme é perfeito, contudo o que tento expressar é que ele conseguiu inverter meu usual modo de reflexão ao assistir a um filme, que se normalmente se dá pelo racional, e este longa me fez apreciá-lo (em grande parte) pelo meu lado emocional e de forma involuntária. Tópicos como relacionamentos vazios, conquistas efêmeras, plenitude/completude através de uma outra pessoa, segurança num relacionamento, sacrifício, egoísmo, estes e outros são mostrados, com mais ou menos destaque, neste inusitado e divertido (nos momentos certos) filme.

Sexo e Outras Drogas não é um filme complexo, mas apresenta conceitos interessantes, tanto no âmbito de relacionamentos, quanto social e político. Tudo isso sem esquecer de entreter (ele possui alguns bons alívios cômicos), mas prevalece no mesmo o cunho mais sério, mais polido, revelando-se assim como um romance disfarçado de drama (em sua essência) e não um drama disfarçado de romance. Um filme “menor” de Edwarz Zwick, que com certeza em breve figurará em minha estante. Lições não são apenas aprendidas, mas sim muitas vezes compreendidas antes mesmo de se passar pelo teste delas. Acho que isso resume o sentimento emitido pelo filme e recebido por mim (do coração ao cérebro, como dito acima). Não sei como está sendo a recepção ao filme agora que o mesmo já encontra-se disponível para compra e locação, mas espero que o mesmo, caso não tenha chamado tanto a sua atenção, seja redescoberto e visto, por que realmente vale a pena coneferí-lo. Um filme que realmente é bem mais do que sua sinopse e trailer vendem.

Elenco: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Hanzk Azaria, Oliver Platt e Gabriel Match.

:: Ficha Técnica ::

Título original: Love & Other Drugs

Gênero: Romance / Drama

Duração: 113 min.

Ano de lançamento: 2010

Site oficial: http://www.loveandotherdrugsthemovie.com

Distribuidora: Twentieth Century Fox Film Corporation (USA) |

Direção: Edward Zwick

Roteiro: Edward Zwick, Charles Randolph e Marshall Herskovitz, baseado em livro de Jamie Reidy

Produção: Edward Zwick, Scott Stuber, Charles Randolph, Marshall Herskovitz e Pieter Jan Brugge

Música: James Newton Howard

Fotografia: Steven Fierberg

Direção de arte: Gary Kosko

Figurino: Deborah Lynn Scott

Edição: Steven Rosenblum

:: Trailer ::

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema

Fichas do IMDB:

Edward Zwick (Diretor)

Jake Gyllenhaal

Anne Hathaway

Hank Azaria

Oliver Platt

:: Sinopse ::

David Norris (Matt Damon) é um jovem político com uma carreira promissora, mas um escândalo atrapalhou a sua corrida ao Senado. Tão logo perde a disputa pela vaga ele conhece Elise (Emily Blunt), bailarina por quem se apaixona. Contudo, homens com estranhos poderes de interferir no futuro aparecem do nada e começam a pressioná-lo para que ele não dê continuidade a este romance, porque isso poderá atrapalhar o futuro de ambos. Sem saber ao certo quem são essas pessoas, a única certeza que David possui é que precisará reunir forças para enfrentá-los e encarar o que o destino lhe reserva.

:: Impressões ::

Predestinação. Livre-arbítrio. O poder de escolha. Atos e consequências. Estes são alguns dos pontos debatidos na alegoria em forma de cinema que é Os Agentes do Destino, dirigido pelo diretor estreante George Nolfi (mais conhecido como roteirista de filmes como O Ultimato Bourne e 12 Homens e Outro Segredo) e estrelado por Matt Damon (Os Infiltrados) e Emily Blunt (O Diabo Veste Prada). Mais uma adaptação de uma história do cultuado escritor norte-americano Philip K. Dick (que já teve outras obras adaptadas ao cinema, das quais destaco Blade Runner – Caçador de Andróides, Total Recall, O Pagamento, Minority Report e O Homem-Duplo – e que espero escrever sobre elas em breve), Os Agentes do Destino pontua de forma objetiva e consciente uma questão até hoje não resolvida para grande parte da humanidade: até quando nossas escolhas são realmente fruto de nossos anseios e desejos e não produto do acaso ou de uma força divina? Ou seja, nossas vidas seguem determinado rumo ao qual não podemos interferir? Ou simplesmente possuímos este poder de decisão, mas muitas vezes não devemos agir de determinada maneira? Estes e outros conceitos são pontuados pelo longa.

Quanto à premissa do mesmo, vemos estes pontos de discussão através de uma “fictícia” agência secreta (seres divinos? alienígenas?) que possui a missão de coordenar as ações de toda a humanidade mostrada no filme pelos olhos do personagem Morris, interpretado por Damon, que após conhecer uma mulher (Blunt) e se apaixonar pela mesma acaba sendo alvo desses agentes, que seguem a risca um plano maior (que os mesmos aparentemente não conhecem a razão) em que o casal não poderá ficar junto. Portanto, elaboram diversas situações com o intuito de separá-los. Porém, como não poderia deixar de existir numa obra do gênero, o “destino” acaba interferindo nessa dinâmica, fazendo com que o casal volte a se encontrar e é a partir daí que a trama começa a se densevolver com mais intensidade.

Os Agentes do Destino é um filme bastante interessante, que com certeza agradará diversos tipos de público, já que consegue apresentar conceitos inteligentes (com um alto conteúdo filosófico existencialista), ao mesmo tempo em que os mastiga com muito equilíbrio, conseguindo assim conquistar tanto o público mais exigente quanto aquele que procura apenas um veículo para se entreter. Contudo, devido a todo esse cálculo no quesito conteúdo, a obra perde-se um pouco do meio para o final, principalmente por que opta por enfocar de maneira quase que total ao romance entre o casal protagonista e deixa os “por ques” inerentes a tal agência de lado (não que o expectador queira saber tudo a respeito da mesma, entretanto pela temática do filme o ideal seria desenvolver mais profundamente sua essência, visto que o próprio título do filme – The Adjustment Bureau, no original – destaca que o protagonista da história não é o casal, mas sim a própria agência). Nada contra ao romance, apenas acho que o equlibrío que tanto é destacado ao início da projeção acaba se perdendo após a metade do filme, quando o tema do longa é esquecido momentaneamente e parece que o mesmo transforma-se num romance genérico. Fica a impressão de que faltou coragem ao roteirista-diretor George Nolfi neste quesito.

Mesmo assim Os Agentes do Destino ainda é um ótimo filme, possuidor de boas ideias e de personagens carismáticos. Talvez não esteja no mesmo naipe das outras adaptações baseadas em obras de K. Dick (como as citada acima), mas – apesar de não ter lido nenhuma obra do autor – acredito que o filme honra, de alguma forma, os conceitos do escritor, mesmo que de forma mastigada e não tão aprofundada. Um filme que vale ser visto, principalmente por que hoje é difícil encontrar uma obra que seja assumidademente formulada como entretenimento de massa, mas que possua um conteúdo mais produndo do que um primeiro olhar possa visualizar.

Elenco: Matt Damon, Emily Blunt, Anthony Mackie e Terrence Stamp.

:: Ficha Técnica ::

Título original: The Adjustment Bureau

Gênero: Ficção Científica

Duração: 105 min.

Ano de lançamento: 2011

Site oficial: http://www.theadjustmentbureau.com

Estúdio: Universal Pictures | Media Rights Capital | Gambit Pictures

Direção: George Nolfi

Roteiro: George Nolfi, baseado em um conto de Philip K. Dick

Produção: George Nolfi, Chris Moore, Michael Hackett e Bill Carraro

Música: Thomas Newman

Fotografia: John Toll

Direção de arte: Stephen H. Carter

Figurino: Kasia Walicka-Maimone

Edição: Jay Rabinowitz

Efeitos especiais: Big Film Design / Realscan 3D / Hirota Paint Industries / RhinoFX / Brainstorm Digital / Phosphene / Proof / Wildfire Visual Effects

:: Trailer ::

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema

Fichas do IMDB:

George Nolfi (roteirista e diretor)

Matt Damon

Emily Blunt

Terrence Stamp

Anthony Mackie

 

:: Sinopse ::

Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para um integrante da realiza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).

:: Impressões ::

Vencedor das principais categorias do Oscar e do Globo de Ouro 2010 (Filme, Direção e Ator), O Discurso do Rei é de fato um bom filme, contudo toda a “espetacularidade” apontada pela imprensa (e carimbada pelas premiações conquistadas) não é verdadeira. Dirigido de forma competente (leia-se didática) pelo inglês Tom Hooper (que comandou o também interessante Maldito Futebol Clube, de 2009), o filme, baseado em fatos reais, transmite nada mais do que o velho conceito de mestre e pupilo tão utilizado na maioria das obras (cinema, literatura, teatro etc.) da cultura ocidental, onde temos um ser humano promissor (no filme o príncipe Albert), porém dotato de um grande”defeito” ou falha, que através da ajuda de um mestre (no caso o “fonoaudiólogo” Lionel) consegue superar este defeito/falha, superando barreiras, cuminando assim num ser humano melhor.

Sendo assim, O Discurso do Rei não é um filme medíocre. Longe disso. Apenas é mais um bom produto qu talvez não vença a barreira do tempo e seja citado como marco do cinema, por exemplo, visto que se sua  relevância como obra cinematográfica já é debatida com fervor hoje, quiçá daqui a dez ou vinte anos. Tal como O Vencedor, por exemplo – que por sinal foi seu “rival” na disputa do Oscar e do Globo de Ouro nas categorias vencidas por O Discurso do Rei -, este filme apresenta grandes atores em grandes atuações – o vencedores do Oscar Colin Firth, além de Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Guy Pearce e Michael Gambon, por exemplo -, contudo seu enredo não se mostra tão atrativo quanto os personagens da trama. Sendo assim, fica aquela ligeira impressão de que, caso o longa não contasse com intépretes tão competentes, o mesmo não seria assim tão bom.

Depois de conferir grande parte dos dez filmes indicados ao Oscar do ano passado e, agora, após finalmente ver O Discurso do Rei, não tenho dúvidas de que o mesmo, no meu ponto de vista, não deveria ter saído com o grande prêmio daquela noite, já que filmes como Cisne Negro, A Rede Social e Toy Story 3 (isso mesmo) são mais completos como um todo, apresentando uma unidade narrativa, técnica e de atuação ímpar, sem nunca esbarrarem na preguiça de apresentarem apenas o convencional – aspecto este que infelizmente O Discurso do Rei abraça, fazendo do mesmo não uma obra ruim, mas uma obra longe de ser considerada a melhor do ano (fato este assinalado pela Academia ao presenteá-lo com Oscar).  Por fim, vale muito a pena vê-lo – principalmente para “conhecer” um pouco a respeito desta figura que marcou nossa história recente, o rei da Inglaterra George VI -, contudo não espere nenhum grande espetáculo, a não ser pelo banho de atuação do elenco principal.

Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Guy Pearce, Derek Jakobi, Timothy Spall e Michael Gambon.

:: Ficha Técnica ::

Título original: The King’s Speech

Gênero: Drama

Duração: 118 min.

Ano de lançamento: 2010

Site oficial: http://www.kingsspeech.com

Estúdio: The Weinstein Company / UK Film Council

Direção: Tom Hooper

Roteiro: David Seidler

Produção: Iain Canning, Emile Sherman, Gareth Unwin, Simon Egan e Peter Heslop

Música: Alexandre Desplat

Fotografia: Danny Cohen

Direção de arte: Netty Chapman

Figurino: Jenny Beavan

Edição: Tariq Anwar

:: Trailer ::

(1080 p)

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema

Fichas do IMDB:

Tom Hooper (Diretor)

Colin Firth

Geoffrey Rush

Helena Bonham Carter

Guy Pearce

Michael Gambon

Timothy Spall

:: Sinopse ::

Numa clínica geriátrica, Duke, um dos internos que relativamente está bem, lê para uma interna (com um quadro mais grave) a história de Allie Hamilton (Rachel McAdams) e Noah Calhoun (Ryan Gosling), dois jovens enamorados que em 1940 se conheceram num parque de diversões. Eles foram separados pelos pais dela, que nunca aprovaram o namoro, pois Noah era um trabalhador braçal e oriundo de uma família sem recursos financeiros. Para evitar qualquer aproximação, os pais de Alie a mandam para longe. Por um ano Noah escreveu para Allie todos os dias mas não obteve resposta, pois a mãe (Joan Allen) dela interceptava as cartas de Noah para a filha. Crendo que Allie não estava mais interessada nele, Noah escreveu uma carta de despedida e tentou se conformar. Alie esperava notícias de Noah, mas após 7 anos desistiu de esperar ao conhecer um charmoso oficial, Lon Hammond Jr. (James Marsden), que serviu na 2ª Grande Guerra (assim como Noah) e pertencia a uma família muito rica. Ele pede a mão de Allie, que aceita, mas o destino a faria se reencontrar com Noah. Como seu amor por ele ainda existia e era recíproco, ela precisa escolher entre o noivo e seu primeiro amor.

:: Impressões ::

Já tinha deixado claro no comentário sobre o filme Querido John que não sou leitor de Nicholas Spark, muito menos entusiasta das adaptações cinematográficas de suas obras. Contudo, apesar de nutrir larga resistência ao culto a um filme em específico baseado numa obra do autor (o intragável, pelo menos para mim, Um Amor Para Recordar), sempre achei interessante as adaptações que pude conferir, residindo inclusive em Diário de uma Paixão a primeira destas que assisti. Tive uma impressão mais do que positiva da obra anos atrás. Sendo assim, hoje decidi conferir novamente a obra (dessa vez em inestimável companhia) e, apesar de algumas ressalvas não absorvidas na primeira exibição, o filme continua belo e interessante em sua inocente e muitas vezes excessivamente doce trama.

É correto afirmar que Diário de uma Paixão (que, no meu ponto de vista, deveria ter sido batizado simplesmente de O Diário ou O Caderno) é um filme honesto, que trata de forma clássica – como só o cinema consegue fazer – de um tema tão conhecido, mas ao mesmo tempo tão particular que é o amor. Mesmo que em alguns (poucos) momentos a sacarose peque pelo excesso ou até mesmo uma ou outra cena que caberia melhor numa novela, Diário de uma Paixão conquista por não apresentar um história puramente linear, já que a viagem através da história amor dos personagens principais da trama (vividos com carisma pela dupla Ryan Gosling e Rachel McAdams) é apresentada através de flashbacks advindos da narrativa contada pelo personagem de James Garner à personagem da veterena Gena Rowlands (a título de curiosidade, mãe do diretor do filme, Nick Cassavetes). E é justamente essa narrativa não linear, com um certo tom de mistério, que transforma o filme em algo mais do que o mesmo aparentemente tem a oferecer. Isso, aliado ao excelente elenco (completado por James Marsden e Joan Allen), além da direção contagiante de Cassavetes (que parece se dar bem em filmes carregados de emoção, vide títulos como Um Ato de Coragem e Uma Prova de Amor, que o mesmo também dirigiu).

Sendo assim, apesar do atraso (este post caberia melhor no final de semana do dia dos namorados), Diário de uma Paixão continua uma obra válida, princalmente para conferir ao lado da pessoa amada, além de ser, junto ao filme Querido John, as obras baseadas em livros de Nicholas Spark recomendadas para quem aprecia bons filmes de romance, que não o tratem como imbecil, mas que tragam algo em troca ao expectador, seja uma “lição”, uma mensagem ou até mesmo um sentimento de que o que você deseja para a pessoa amada pode dar certo. Um filme que literalmente diz: Foda-se o mundo. Entregue-se de cabeça a quem você gosta. Ame!

Elenco: Ryan Gosling, Rachel McAdams, James Marsden, James Garner, Gena Rowlands e Joan Allen.

:: Ficha Técnica ::

Título original: The Notebook

Gênero: Romance

Duração: 121 min.

Ano de lançamento: 2004

Site oficial: http://www.thenotebookmovie.com/

Estúdio: New Line Cinema / Gran Via / Avery Pix

Distribuidora: New Line Cinema / Warner Bros.

Direção: Nick Cassavetes

Roteiro: Jeremy Leven, baseado em livro de Nicholas Sparks

Produção: Lynn Harris e Mark Johnson

Música: Aaron Zigman

Fotografia: Robert Fraisse

Direção de arte: Scott Rittenour

Figurino: Karyn Wagner

Edição: Alan Heim

Efeitos especiais:Custom Film Effects / Bob Shelley’s Special Effects International Inc.

:: Trailer ::

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema

Fichas no IMDB:

Nick Cassavetes (Diretor)

Ryan Gosling

Rachel McAdams

James Garner

James Marsden

Gena Rowlands

Joan Allen

Comentários sobre o filme Querido John

:: Sinopse ::

1993. Dicky Ecklund (Christian Bale) teve seu auge ao enfrentar o campeão mundial Sugar Ray Leonard em uma luta de boxe, colocando a pequena cidade de Lowell no mapa. Até hoje ele vive desta fama, apesar de ter desperdiçado a carreira devido às drogas. Micky Ward (Mark Wahlberg), seu irmão, tenta agora a sorte no mundo do boxe, sendo treinado por Dicky e empresariado por Alice (Melissa Leo), sua mãe. Só que a família sempre o coloca em segundo plano em relação a Dicky, o que impede que Micky consiga ascender no esporte. A situação muda quando ele passa a namorar Charlene Fleming (Amy Adams), que o incentiva a deixar a influência familiar e tratar a carreira de forma mais profissional.

:: Impressões ::

Geralmente procuro filmes dramáticos com o objetivo de, através das indiossincracias e problematizações dos outros (personagens desenvolvidos nesses produtos cinematográficos), buscar conhecer melhor as atitudes e resoluções do ser humano e, por conseguinte, a mim mesmo. Nao é sempre que esse tipo de conexão entre obra e expectador acontece – muito menos apenas em filmes de cunho dramático. E este último caso ocorre justamente neste O Vencedor que é sim, em essência, um filme dramático. Contudo, devido a uma certa tendência a estereotipização de filmes que abordam o subgênero “esportes”, principalmente em produções norte-americanas os que enfocam boxe, futebol americano e baseball, muitas vezes prejulgamos uma obra antes mesmo de vê-la, seja isto através de comentários de “críticos”, amigos ou qualquer que seja o emissário da mensagem que reforça seu preconceito natural. Sendo assim, não foi inteiramente surpreendente ao término do filme O Vencedor achá-lo excepcional, contudo foi surpreendente sim enxergá-lo como mais do que se esperava anteriormente, já que o mesmo exibe uma complexidade ao qual não estava familiarizado em um filme com tema semelhante (a saga de Rocky Balboa é cinema de primeira – pelo menos parte dela -, contudo está longe de ser um produto multifacetado em que se aproveita mais do que a casca que procura apenas entreter).

O esporte (boxe, no caso desse filme) ainda é foco importante à trama, mas ao contrário de outros filmes em que ele é o cerne e o drama dos personagens principais estão em segundo plano, em O Vencedor o que se sobrepõe é o entrelaçamento dramático entre o personagem de Mark Wahlberg (de O Atirador), o tal vencedor do título nacional, seu irmão dependente químico e antigo lutador de boxe, vivido pelo vencedor do Oscar Christian Bale (de Batman – O Cavaleiro das Trevas), sua mãe (irritante) e empresária interpretada pela também ganhadora do Oscar Melissa Leo (de Rio Congelado), sua namorada (Amy Adams, de Dúvida), além de quase uma dezena de irmãs (sério) que interferem de forma abusiva em suas decisões, pretensões, rotina, relacionamento(s), ou seja, o sufocam de maneira tão natural que a revolta transmitida ao expectador fica sempre no limite do hilário (será possível algo do tipo acontecer na realidade?) e da indeferença.

Não quero aqui comentar acerca da sinopse em si (ela já está disponível no topo do post), mas sim verbalizar o que realmente é atrativo, pelo menos para mim, neste filme dirigido por David O. Russell (Três Reis), que procura, através de uma história baseada em fatos reais, discutir mais do que a transformação/realização de um homem através do esporte/glória/realização, mas sim o quanto somos condicionados a tomar caminhos pelos quais no nosso íntimo mais profundo não desejamos, e como nos mostra O Vencedor às vezes tais caminhos são alcançados através de uma espécie de auto-ilusão, onde nos encontramos em um ponto em que fazemos aquilo que gostamos (no caso do filme, o boxe), ao lado das pessoas que gostamos (família e namorada), buscando aquilo que sonhamos (a vitória) e mesmo assim ainda não somos felizes. São os detalhes que transformam qualquer jornada, e a jornada do personagem de Walhberg é clara aos nossos olhos, mas apenas caso o expectador se projete para dentro do seio de sua rotina, de sua trajetória de vida, já que assim verá mais do que então enxerga sua namorada (que serve a narrativa do filme para acompanharmos a suposta passividade deste), contudo o “buraco é mais embaixo” e, quando nos vemos através dos olhos dele percebemos realmente o por que deste estar condicionado aquela espécie de buraco negro, onde não há saída, este apenas segue empurrando a vida, como quem joga com peças marcadas, sabendo que não é de seu direito o poder da escolha ou de possuir a coragem de tomá-la. Em suma, O Vencedor nada mais é do que um filme que procura mostrar uma análise comportamental da instituição familiar – com seus prós e contras -, quando esta influencia, propositalmente ou não, os membros da mesma, enquanto também nos fascina pelas belamente coreografadas cenas de treinamento de boxe, das lutas (que não empolgam tanto quanto as de outros filmes que abraçam o mesmo tema), mas cumprem bem o seu papel. Mais um bom produto abraçado pela Academia de Cinema de Hollywood, que merece ser conferida e apreciada.

Elenco: Mark Wahlberg, Christian Bale, Amy Adams, Melissa Leo e Jack McGee.

:: Ficha Técnica ::

Título original: The Fighter

Gênero: Drama

Duração: 114 min.

Ano de lançamento: 2010

Site oficial: http://www.thefightermovie.com

Estúdio: Mandeville Films / Relativity Media

Direção: David O. Russell

Roteiro: Scott Silver, Paul Tamasy e Eric Johnson

Produção: Dorothy Aufiero, David Hoberman, Ryan Kavanaugh, Todd Lieberman, Paul Tamasy e Mark Wahlberg

Música: Michael Brook

Fotografia: Hoyte Van Hoytema

Direção de arte: Laura Ballinger

Figurino: Mark Bridges

Edição: Pamela Martin

Efeitos especiais:Comen VFX

:: Trailer ::

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: O Vencedor

Fichas do IMDB:

Mark Walhberg

Christian Bale

Amy Adams

Melissa Leo

David O. Russell (diretor)

:: Sinopse ::

Tudo o que vilão Megamente (Will Ferrell) mais queria era eliminar seu adversário Metro Man (Brad Pitt) e assim dominar a cidade de Metro City. Só que para isso era necessário um plano ainda mais diabólico do que todos já tentados anteriormente. Um dia, com a ajuda de Criado (David Cross) e após sequestrar a repórter Rosane Rocha (Tina Fey), o malvado consegue o inimaginável, para ele e para todos: dar um sumiço no herói. A única coisa que ele não contava era que sua vida se tornaria tão chata a ponto de ele inventar um herói para combater. (RC)

:: Impressões ::

Este filme foi uma grata surpresa. Não que não tinha boas expectativas quanto ao mesmo. O que realmente surpreende é que Megamente apresenta bem mais do que sua sinopse ou seu trailer mostravam (uma sátira dos estereótipos dos super-heróis clássicos das histórias em quadrinhos). Apesar de não ter uma grande complexidade, o filme possui um subtexto psicológico muito interessante, recaindo na velha teoria determinista, onde põe o sujeito como determinado pelo meio, influenciado pelo ambiente em que vive e pelas pessoas que o rodeiam. É claro que isso é passado de forma rasa, mas as sutilezas apresentadas durante a projeção complementam essa “carência” de maneira competente.

Seguindo a escola de títulos recentes que procuram subverter o gênero “super-heróis”, como Watchmen – O Filme, Defendor e, principalmente, Kick-Ass – Quebrando Tudo, Megamente é uma animação de aventura, com muito humor e focado ao público infantil, mas que carrega em seu roteiro ágil e divertido (apesar de criativa, nunca original, é bom deixar claro) um conteúdo intrínseco muito interessante, que não apela ao didatismo ou congêneres. Uma ótica dica para assistir no final de semana e se divertir, seja sozinho, seja com a família ou até mesmo com a namorada. Mais um bom título da Dreamworks Animation (para mim melhor do que o último da empresa, Como Matar o Seu Dragão). Em resumo, Megamente é um filme bacaninha. Não gostou do termo? Eu sim!

Elenco (vozes): Will Ferrel, Brad Pitt, Tina Fey, Jonah Hill e David Cross.

:: Ficha Técnica ::

Título original: Megamind

Gênero: Animação

Duração: 96 min.

Ano de lançamento: 2010

Site oficial: http://www.megamente.com.br

Estúdio: DreamWorks Animation | Red Hour Films | Pacific Data Images (PDI)

Direção: Tom McGrath

Roteiro: Alan J. Schoolcraft e & Brent Simons

Produção: Lara Breay e Denise Nolan Cascino

Música: Hans Zimmer e Lorne Balfe

Direção de arte: Timothy J. Lamb

Edição: Michael Andrews

:: Trailer Legendado ::

:: Trailer Dublado ::

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema

A seção Em DVD/Bluray abarca comentários sobre filmes que ainda não são considerados clássicos ou bons títulos recém-lançados em DVD/Bluray (neste caso, que não foram cobertos na seção Nos Cinemas). Estes filmes podem ter sido lançados em anos anteriores, mas vistos pela primeira vez recentemente (a exemplo de Todo Mundo Quase Morto) ou títulos que foram revisitados pelo comentarista e que, em sua visão, são merecedores de um review (como Linha do Tempo, de 2003).

A seção oferece, além do texto, do trailer legendado (hospedado no YouTube) e do pôster do filme, um campo de links composto pelas seguintes informações: Ficha Técnica e Sinopse, além de outras possíveis informações complementares.


:: Sinopse ::

Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis).

:: Impressões ::

A exemplo de todos os filmes de Darren Aronofsky, Cisne Negro é carregado de simbolismos. A trajetória de uma talentosa, porém extremamente frágil bailarina (Portman) rumo ao estrelato é apenas a ponta da pirâmide que é este verdadeiro tratado psicológico. Mesmo que, devido a sua estética de tons surrealistas, Cisne Negro possa não ser facilmente compreendido, o que realmente importa neste projeto (no meu ponto de vista) é simplesmente a libertação dos sentidos, ou seja, a experiência sensitiva que este filme pode passar ao expectador.

Brincando a todo o momento com o expectador, Cisne Negro vai entregando pistas de que algo no universo da personagem de Natalie Portman não funciona de forma normal/organizada. Ações e ilusões que beiram ao esquizofrenismo, a insistente presença de espelhos (que passam a impressão de que os reflexos mostrados são na verdade a essência da personagem, seu verdadeiro eu, ao contrário do que se posta de frente ao espelho) e as cenas de “automutilação” da personagem nos acompanham durante toda a “transformação” da mesma. A exemplo da personagem do balé, entremos cada vez mais fundo no trágico espetáculo que resultará num final no mínimo trágico: o suicídio do cisne por amor. Entre atos de loucura e descobertas do seu eu, acompanhamos na verdade um tributo a uma arte tão cultuada e ao mesmo tão pouco conhecida. Um belo tratado psicológico que prefere apontar as questões e deixar as resoluções ao expectador.

Quanto ao produto final do filme, confesso que, apesar de um excelente trabalho, não o considero um espetáculo imperdível e muito menos o melhor filme de Aronofsky. Cisne Negro foi reverenciado quase que no mundo inteiro como um marco, entretanto acho que não chega a tanto. É um filme corajoso, interessante, bem executado e que conta com performances magníficas do trio principal (além de Portman, Vicent Cassel e Mila Kunis), além da trilha sonora angustiante de Clint Mansell. No entanto, como prova de arroubo e ousadia, ainda acho que o grande cinema de Aronofsky está em títulos como Réquiem para um Sonho e Fonte da Vida, apesar de que, apesar de não ser unanimidade, ainda estou para assistir a um filme ruim do cineasta.

Fica a dica então. Se você não conhece o trabalho deste realizador, não fique apenas com Cisne Negro. Procure já Pi, Réquiem para um Sonho, Fonte da Vida e O Lutador. Confira os cinco trabalhos e comprove o quão único, complexo e brilhante é a filmografia do mesmo. Confira já.

Em resumo, observe a arte do cartaz. Ela diz tudo.

Elenco: Natalie Portman, Vicent Cassel, Mila Kunis, Barbara Hershey e Winona Ryder.

:: Ficha Técnica ::

Título original: Black Swan

Gênero: Suspense

Duração: 107 min.

Ano de lançamento: 2010

Distribuidora: 20th Century Fox Film Corporation

Direção: Darren Aronofsky

Roteiro: Andres Heinz e Mark Heyman, baseado em história de Andres Heinz

Produção: Scott Franklin, Mike Medavoy, Arnold Messer e Brian Oliver

Música: Clint Mansell

Fotografia: Matthew Libatique

Direção de arte: David Stein

Figurino: Amy Westcott

Edição: Andrew Weisblum

Efeitos especiais:Matt Kushner (coordenador de efeitos visuais)

:: Trailer ::

:: Links ::

Sinopse e Ficha Técnica: Adoro Cinema

Fichas no IMDB:

* Natalie Portman

* Vicent Cassel

* Mila Kunis

* Darren Aronofsky

– Indicações ao Oscar 2011: Ig

– Os melhores filmes de 2009: Que Resenha