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Apesar da série ter como grande chamariz a infestação de zumbis/errantes/mortos-vivos (escolha um), o que fez The Walking Dead crescer, alimentar discussões e gerar tanto buzz não foi mais do que a sua grande verve humana, e com isso um imenso painel de discussões e análises acerca do mesmo. Com uma nova temporada contando com 13 episódios (superando em muito a anterior, que contou com apenas 6), a série teve mais tempo para desenvolver uma trama arrojada, que coloca o homem em situações limites de níveis cada vez maiores, sob o viez do perigo por parte dos seres contagiados, óbvio, mas que no fundo debate sentimentos e atos inerentes a nós mesmos, seres humanos “sadios”.

Sobrevivência, ética, moral, justiça, ciência, companheirismo, amor, inveja, egoísmo, salvação, humildade, caridade, oportunismo, violência, cumplicidade, amizade, coragem, dor, angústia, vitória, superação, desilusão e, principalmente, esperança, formam o imenso caleidoscópio de temas abordados pela série através das indiossincracias apresentadas pelos atos de cada um dos personagens presentes, tendo amplo destaque no episódio de número 11, intitulado “Judge, Jury, Executioner” (Juiz, Juri, Executor), onde um personagem de amplo destaque até então tem sua trágica despedida marcada por simplesmente manter uma simples conduta de dignidade humana.

Feito uma reação em cadeia, The Walking Dead segue o bom exemplo de filmes como A Estrada (The Road, 2009) e Filhos da Esperança (Chidren of Men, 2005), onde futuros próximos a nós são mostrados como distópicos e negros, entretanto nossas ações e reações permanecem as mesmas com as quais interagimos atualmente. Obviamente o seriado não é um tratato sociológico comportamental, longe disso, entretanto traz consigo tantos subtextos e pequenas discussões pinceladas com potencial de alimentar debates e mais debates acerca de nós mesmos, tudo isso sem deixar de lado os conflitos inerentes a realidade vivida pelas personagens da história, que além de terem de conviver com os problemas dessa nova comunidade, ainda enfrentam dia após dia a iminência na extinção e o medo do encontro com os errantes.

Apesar de sentir pela saída do principal responsável pela ida de The Walking Dead à televisão (a obra original vem das histórias em quadrinhos), Frank Darabont, produtor e diretor de obras cinemtográfics fantásticas do porte de Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994), À Espera de um Milagre (The Green Mile, 1999) e O Nevoeiro (The Mist, 2007), a série consegui manter o bom nível do primeiro ano, quiçá superá-lo, mesmo sem a presença do “criador”. Enfim, resta apenas imaginar o quão “melhor” esta poderia ter sido caso Darabont ainda estivesse por trás do seriado, se é que seria possível melhorar essa incrível temporada.

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Legendado

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Sinopse: Wikipédia BR

IMDb: The Walking Dead

Fan-page: The Walking Dead Brasil